Nesta disciplina, você irá aprimorar seus conhecimentos sobre a Abordagem Familiar no território da Atenção Primária à Saúde (APS).
Vamos analisar diferentes tipos de famílias e suas configurações, além de discutir estratégias que ajudam a compreender melhor essas dinâmicas. Abordaremos temas essenciais, como populações tradicionais no Brasil, promoção da saúde, violência no ambiente familiar e questões relacionadas à saúde mental, entre outros aspectos que irão enriquecer sua prática profissional no território.
Preparado(a) para ampliar seu olhar no contexto familiar?
A partir dos conhecimentos desenvolvidos nesta disciplina, você será capaz de:
Refletir sobre a origem social da família, sua importância, significados e estilos parentais.
Compreender as estratégias de abordagem a grupos sociais e famílias para interagir em prol da promoção e prevenção da saúde.
Entender a importância de utilizar as ferramentas Genograma e Ecomapa para uma análise territorial.
Analisar as possibilidades para realizar a orientação familiar e comunitária no processo de notificação da violência a partir da APS.
Refletir sobre o papel do Agente de Saúde na abordagem familiar e na prevenção aos agravos à saúde no Brasil.
Conhecer estratégias eficazes de abordagem em visitas domiciliares, promovendo uma visão mais ampla e integrada da dinâmica familiar.
Em sua atuação, como agente de saúde, você certamente já se deparou com uma variedade de arranjos familiares, não é mesmo?
Na sociedade contemporânea, o conceito de família é diverso e plural, o que torna fundamental estar preparado(a) para lidar com essa diversidade.
Apresentaremos aqui informações importantes que ajudarão você a compreender os diferentes tipos de famílias existentes e a se preparar para promover a saúde e a prevenção de doenças de maneira eficaz, respeitando essa pluralidade.
No território onde eu atuo, percebo uma diversidade grande nas composições familiares.
Sei que algumas são reconhecidas pela Constituição Brasileira, enquanto outras surgem a partir das transformações sociais que vivemos.
Cada família tem sua própria dinâmica, valores e histórias. Essa diversidade reflete as mudanças culturais e sociais que ocorrem ao longo do tempo.
Compreender essa pluralidade é essencial para atuarmos de forma mais inclusiva e sensível nas comunidades.
Clique aqui para acessar o e-book desta disciplina e conhecer algumas composições familiares existentes no Brasil.
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O exemplo acima descrito pela ACS Gerusa evidencia que a ideia de “família” possui grande peso em todas as camadas da população brasileira, porém com significados distintos dependendo da categoria social e dos territórios, que inclui populações tradicionais, povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, entre outros.
Portanto, é fundamental que você compreenda seu papel na atuação nesses territórios, assim como as responsabilidades de cada membro da família.
Povos e populações tradicionais:
Diferentes contextos
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Para realização de trabalho social com comunidades tradicionais, é preciso compreender que são grupos diferentes culturalmente e, assim, possuem formas particulares de organização social, utilizam e ocupam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa e econômica.
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No caso dos povos e populações tradicionais, é preciso compreender a organização social, os aspectos culturais e do território antes mesmo de entender os arranjos familiares.
Povos e populações tradicionais:
Diferentes contextos
Para realização de trabalho social com comunidades tradicionais, é preciso compreender que são grupos diferentes culturalmente e, assim, possuem formas particulares de organização social, utilizam e ocupam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa e econômica.
No caso dos povos e populações tradicionais, é preciso compreender a organização social, os aspectos culturais e do território antes mesmo de entender os arranjos familiares.
A cultura é vista como um conjunto de significados que orientam e dão sentido a uma sociedade. Ela influencia a maneira como o mundo é percebido por meio de:
Valores
Costumes
Crenças
Alimentação
Além desses, outros aspectos também são passados de geração em geração, contribuindo para a identidade cultural de um grupo.
Confira mais detalhes sobre os povos tradicionais do Brasil e seus costumes no e-book desta disciplina. Você também pode clicar aqui para acessá-lo.
É preciso que você esteja atento, pois a forma de prevenção e promoção da saúde em uma comunidade quilombola pode não ser a mesma de uma comunidade indígena, pois possuem culturas distintas. Portanto, é preciso conhecer tanto o contexto social, cultural e político, quanto a biologia, a clínica e a história natural das doenças relacionadas à saúde da comunidade tradicional.
Aqui estão dispostos apenas alguns exemplos de povos e comunidades tradicionais. No território onde você atua, podem existir outros tipos. Portanto, esteja antenado às especificidades da região, para que a sua atuação seja mais eficaz.
Além disso, é importante perceber que os processos de adoecimento são agravados pela falta de saneamento e falta de acesso aos serviços públicos de saúde, contribuindo para a persistência dos agravos que estão sob controle (ou em declínio) em outros grupos tradicionais.
Portanto, sua atuação é fundamental para promoção da saúde para esses povos.
Para ampliar seus conhecimentos, assista ao vídeo ao lado sobre povos e populações tradicionais.
Pensando a promoção
à saúde na família
Pensando na promoção à saúde das famílias, compreender as dinâmicas de cada uma individualmente, proporciona um cuidado direcionado para cada caso.
Pensando a promoção
à saúde na família
Pensando na promoção à saúde das famílias, compreender as dinâmicas de cada uma individualmente, proporciona um cuidado direcionado para cada caso.
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Compreender a situação de adoecimento de uma pessoa envolve entender a dinâmica familiar em que ela está inserida e como essa família pode contribuir para a promoção de sua saúde. Os vínculos familiares, que envolvem cuidados diários, podem ser essenciais tanto para a prevenção quanto para a recuperação de doenças e problemas de saúde.
É importante ter em mente que, quando você, agente de saúde, realiza a visita domiciliar, não cabe apenas analisar a situação da pessoa enferma, mas, sim, conhecer os componentes da família, que incluem:
Estando sensível a essas questões, é que se pode ter elementos para pensar, junto com outros profissionais, como potencializar a promoção de saúde a partir da realidade das famílias atendidas.
Nessas visitas, já é possível notar e se perguntar quais riscos existem no local de moradia, como é a ventilação da casa, se há higiene no local, quais são as condições do dormitório para os membros da família, como é feito o armazenamento dos alimentos, qual a situação do saneamento básico, entre outros.
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É importante ter em mente que, quando você, agente de saúde, realiza a visita domiciliar, não cabe apenas analisar a situação da pessoa enferma, mas, sim, conhecer os componentes da família, que incluem:
Estando sensível a essas questões, é que se pode ter elementos para pensar, junto com outros profissionais, como potencializar a promoção de saúde a partir da realidade das famílias atendidas.
Nessas visitas, já é possível notar e se perguntar quais riscos existem no local de moradia, como é a ventilação da casa, se há higiene no local, quais são as condições do dormitório para os membros da família, como é feito o armazenamento dos alimentos, qual a situação do saneamento básico, entre outros.
Como você pode perceber na imagem, a família está recebendo uma visita domiciliar de uma profissional da saúde.
Vemos que, nesse caso, a casa é de madeira, que uma mulher acompanha o enfermo, que, entre os cômodos, não há porta, panos são utilizados para tapar as janelas, bate pouco sol ali dentro e as condições dos telhados parecem precárias. Tudo isso pode impactar no cuidado do enfermo.
Desafios na abordagem familiar e a questão da saúde mental
O convívio em família nem sempre é fácil. Seus membros dividem as coisas boas que acontecem na vida, mas também as dificuldades da manutenção da própria vida na sociedade. Portanto, é fundamental estar atento aos desafios enfrentados pelas famílias, pois eles podem influenciar de diversas formas a saúde mental de seus membros e suas variedades, impactando tanto o bem-estar individual quanto a dinâmica familiar.
Alguns transtornos mentais são diagnosticados quando a pessoa tem crises recorrentes, mas muitas pessoas podem ter transtornos que não são classificados como graves e que se manifestam de forma mais esporádica. Todos eles podem ser diagnosticados, tratados e acompanhados a partir das tecnologias disponíveis na Atenção Primária à Saúde.
Veja alguns casos que contribuem para esses transtornos:
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Vulnerabilidade socioeconômica
Escassez de saneamento básico
Moradia precária
Falta de acesso a informações e serviços
Alimentação reduzida
Proximidade com situações de violência
No território onde eu atuo, vejo muitas famílias em situação de vulnerabilidade e percebo que essa situação afeta bastante a saúde mental da família.
Algumas delas não conseguem se alimentar direito, se sentem inseguras no próprio bairro, alguns casos de desemprego, entre outros. Todos esses fatores deixam essas famílias tristes e desesperadas.
O que me faz refletir: como eu poderia identificar esses transtornos?
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Além dos fatores relacionados à doença, como Hipertensão e Diabetes nas famílias, é muito importante conhecer o estilo de alimentação deles.
Não é só o sangue que passa de pai para filho, mas também o hábito de comer alimentos que podem fazer mal.
Ao receber a orientação de aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes e diminuir a ingestão de alimentos industrializados, calóricos e condimentados, o apoio familiar torna-se fundamental para implementar essas mudanças nos hábitos.
O ato de comer é uma experiência social, em que as pessoas reúnem alimentos ao longo do dia. Quando um membro da família adota hábitos alimentares mais saudáveis, os demais também podem se beneficiar dessa mudança, promovendo uma alimentação mais saudável.
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Além dos fatores relacionados à doença, como Hipertensão e Diabetes nas famílias, é muito importante conhecer o estilo de alimentação deles.
Não é só o sangue que passa de pai para filho, mas também o hábito de comer alimentos que podem fazer mal.
Ao receber a orientação de aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes e diminuir a ingestão de alimentos industrializados, calóricos e condimentados, o apoio familiar torna-se fundamental para implementar essas mudanças nos hábitos.
O ato de comer é uma experiência social, em que as pessoas reúnem alimentos ao longo do dia. Quando um membro da família adota hábitos alimentares mais saudáveis, os demais também podem se beneficiar dessa mudança, promovendo uma alimentação mais saudável.
Por isso, é importante olhar a família como um todo, onde a família mora, quais seus hábitos, como vive esse grupo familiar, pois fornece informações para que você possa colaborar na promoção de saúde dos seus membros.
Consulte, nos materiais complementares desta disciplina, o material produzido pelo SUS que mostra, por meio de fotos, a promoção da saúde e a produção de sentidos entre as famílias brasileiras – O SUS em fotos: promoção da saúde, produção de sentidos. Você também pode clicar aqui para ter acesso ao material.
Em minha experiência visitando diversas famílias, já percebi que cada pessoa lida de um jeito diferente quando aparece alguma situação inesperada.
Eu já vi gente não conseguindo superar as dificuldades e aquilo foi abalando toda a família. Saúde mental na família é um tema importante!
No território onde eu atuo, vejo muitas famílias em situação de vulnerabilidade e percebo que essa situação afeta bastante a saúde mental da família.
Algumas delas não conseguem se alimentar direito, se sentem inseguras no próprio bairro, alguns casos de desemprego, entre outros. Todos esses fatores deixam essas famílias tristes e desesperadas. O que me faz refletir: como eu poderia identificar esses transtornos?
Uma maneira de identificar situações de transtornos é observando os sinais e sintomas que afetam os membros da família. Veja a seguir:
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Sinais são tudo aquilo que pode ser observado pelo profissional de saúde.
Sintomas são as experiências subjetivas que as pessoas descrevem ao estar em sofrimento.
O diagnóstico clínico de transtornos mentais deve ser feito por profissionais especialistas, e você, como agente de saúde, deve apenas identificar sinais e sintomas para direcionar o atendimento aos demais profissionais da equipe, do matriciamento ou dos serviços especializados.
Sinais são tudo aquilo que pode ser observado pelo profissional de saúde.
Sintomas são as experiências subjetivas que as pessoas descrevem ao estar em sofrimento.
O diagnóstico clínico de transtornos mentais deve ser feito por profissionais especialistas, e você, como agente de saúde, deve apenas identificar sinais e sintomas para direcionar o atendimento aos demais profissionais da equipe, do matriciamento ou dos serviços especializados.
Você pode - e deve - ficar atento aos sinais e relatos das pessoas atendidas sobre a possibilidade de existência de sofrimento mental, mas essa situação terá de ser discutida com outros profissionais de saúde.
Eu atendo uma família que passa por todas essas situações:
a avó tem demência;
a mãe, depressão;
o pai, ansiedade;
e o filho, estresse pós-traumático.
Esses diagnósticos me foram passados por outros profissionais de saúde assim que comecei a trabalhar nesse território. Um grande desafio!
Nesse sentido, sabe-se que a Atenção Primária à Saúde (APS) tem importância significativa na identificação, na assistência e no auxílio para tratamento das demandas de saúde mental do território.
Para isso, você pode utilizar algumas abordagens terapêuticas voltadas para o atendimento em saúde mental. São elas:
Realizar escuta qualificada da situação relatada, de modo que as informações trazidas pelos usuários por meio de sua fala sejam considerados elementos importantes para entender e desenvolver uma conduta de resolução para o seu agravo, juntamente com os demais membros da equipe de saúde.
Estabelecer vínculo por meio da comunicação e do desenvolvimento de confiança entre profissional e membro da família que está em sofrimento mental.
Investigar sinais e sintomas por meio das narrativas de quem sofre para colaborar com a equipe na identificação dos transtornos mentais acometidos.
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Realizar escuta qualificada da situação relatada, de modo que as informações trazidas pelos usuários por meio de sua fala sejam considerados elementos importantes para entender e desenvolver uma conduta de resolução para o seu agravo, juntamente com os demais membros da equipe de saúde.
Estabelecer vínculo por meio da comunicação e do desenvolvimento de confiança entre profissional e membro da família que está em sofrimento mental.
Investigar sinais e sintomas por meio das narrativas de quem sofre para colaborar com a equipe na identificação dos transtornos mentais acometidos.
É importante ter em mente que, quando você, agente de saúde, realiza a visita domiciliar, não cabe apenas analisar a situação da pessoa enferma, mas, sim, conhecer os componentes da família, que incluem:
Estando sensível a essas questões, é que se pode ter elementos para pensar, junto com outros profissionais, como potencializar a promoção de saúde a partir da realidade das famílias atendidas.
Nessas visitas, já é possível notar e se perguntar quais riscos existem no local de moradia, como é a ventilação da casa, se há higiene no local, quais são as condições do dormitório para os membros da família, como é feito o armazenamento dos alimentos, qual a situação do saneamento básico, entre outros.
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Essas abordagens permitem que você desenvolva certas competências para aprimorar o atendimento de saúde mental no contexto familiar.
São elas:
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Buscar uma postura sem preconceitos, acolhendo, reconhecendo e valorizando a existência e os valores das famílias atendidas, por mais diferentes que pareçam.
Mostrar-se disponível para a família, tanto na prevenção relacionada ao processo de saúde-doença, como também no auxílio e tratamento de suas demandas.
Ter habilidade para desfocar do problema, buscando evidenciar as possibilidades de vida que as pessoas e as famílias têm, a fim de que essas encontrem saídas dentro do seu próprio meio de vida.
Assista também à teleaula para saber mais sobre a atuação dos Agentes de Saúde na abordagem familiar.
Estratégias e abordagens para a família
A abordagem de atendimento a uma família no seu domicílio – a visita domiciliar – permite o conhecimento dos seus membros. Além disso, possibilita que você possa identificar sinais de possíveis situações que prejudicam o bem-estar biopsicossocial dos membros da família.
A visita domiciliar deve ser considerada como um instrumento, no qual deve ser utilizado o processo de educação em saúde, o respeito ao conhecimento das pessoas e dos recursos localmente disponíveis, alcançando, assim, a participação dos indivíduos, das famílias e da comunidade no planejamento, organização, execução e controle dos cuidados.
Durante as visitas, é possível coletar informações sobre as condições sociossanitárias da família, por meio de entrevista e observação, além de:
Orientar as famílias, em seu ambiente, sobre assuntos de higiene geral, quando a unidade de saúde não for o ambiente mais indicado.
Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas características sociais, demográficas e epidemiológicas.
Identificar os problemas de saúde prevalentes e situações de risco a que a população está exposta.
Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos determinantes do processo saúde-doença.
Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda organizada ou espontânea, promover ações intersetoriais para o enfrentamento dos problemas identificados, pois tais articulações e arranjos podem ocorrer por meio da construção de parcerias entre diferentes setores e segmentos sociais.
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Orientar as famílias, em seu ambiente, sobre assuntos de higiene geral, quando a unidade de saúde não for o ambiente mais indicado.
Conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas características sociais, demográficas e epidemiológicas.
Identificar os problemas de saúde prevalentes e situações de risco a que a população está exposta.
Elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento dos determinantes do processo saúde-doença.
Prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à demanda organizada ou espontânea, promover ações intersetoriais para o enfrentamento dos problemas identificados, pois tais articulações e arranjos podem ocorrer por meio da construção de parcerias entre diferentes setores e segmentos sociais.
Você já sabe que as visitas domiciliares têm a finalidade de monitorar a situação de saúde das famílias. Por isso, a entrevista mostra-se de suma importância para conhecer os integrantes do núcleo familiar.
É importante iniciar perguntando sobre a pessoa que está sendo entrevistada, conforme o modelo ao lado.
Clique na imagem para visualizar o conteúdo.
Durante a visita domiciliar, é importante abordar o contexto socioeconômico e cultural da família, pois, durante esses momentos, as famílias têm mais liberdade para expor seus problemas.
Reflita sobre as questões a seguir.
Por que, em algumas situações, abordar uma família pode ser difícil? Nesses casos, você opta por uma abordagem parcial?
Quais são as ferramentas que podem te auxiliar na abordagem familiar?
Veja algumas dessas ferramentas a seguir.
O genograma permite identificar, de maneira mais rápida, a dinâmica familiar e suas possíveis implicações, com criação de vínculo entre os agentes e a família/indivíduo. Trata-se de uma representação gráfica do sistema familiar, preferencialmente em três gerações, que utiliza símbolos padronizados para identificar os componentes da família e suas relações.
Para descobrir como é realizada a montagem do Genograma e do Ecomapa, clique aqui e assista ao vídeo.
O ecomapa consiste na representação gráfica dos contatos dos membros da família com os outros sistemas sociais, das relações entre a família e a comunidade.
Ele ajuda a avaliar apoios e suportes disponíveis e sua utilização pela família e pode apontar a presença de recursos, sendo o retrato de um determinado momento da vida dos membros da família.
Veja outros exemplo de construção do Genograma e Ecomapa. Clique aqui e assista ao vídeo.
Pensando os estilos parentais
Agora, vamos tratar sobre os estilos parentais. Já sabemos que a família, independente da sua composição, é considerada o principal apoio do indivíduo. A forma de educação e de apoio transmitida pelos familiares é chamada de estilo parental.
Clique nas imagens para visualizar o conteúdo.
Participativos
Caracteriza o estilo parental que tenta direcionar as atividades das crianças de maneira racional e orientada, incentivando o diálogo, exercendo firme seu papel de adulto, sem restringir a criança.
Os pais participativos sabem manifestar afeto, apoio e, ao mesmo tempo, exigir, colocando limites.
Indulgentes/permissivos
São muito afetivos, pouco exigentes e não impõem a seus filhos regras e limites.
São aqueles pais que deixam tudo o que os filhos pedem.
Autoritários
São pais que exigem elevadamente de seus filhos, porém são pouco afetivos.
Nesse sentido, podem cobrar muito dos filhos e até serem agressivos no modo de exigir.
Negligentes (Não envolvidos)
Apresentam pouco interesse pelas atividades dos filhos, demonstram níveis baixos de responsividade, de demonstração de afeto e de controle.
São aqueles pais que parecem não querer se envolver com a educação dos filhos.
Caracteriza o estilo parental que tenta direcionar as atividades das crianças de maneira racional e orientada, incentivando o diálogo, exercendo firme seu papel de adulto, sem restringir a criança.
Os pais participativos sabem manifestar afeto, apoio e, ao mesmo tempo, exigir, colocando limites.
São muito afetivos, pouco exigentes e não impõem a seus filhos regras e limites.
São aqueles pais que deixam tudo o que os filhos pedem.
São pais que exigem elevadamente de seus filhos, porém são pouco afetivos.
Nesse sentido, podem cobrar muito dos filhos e até serem agressivos no modo de exigir.
Apresentam pouco interesse pelas atividades dos filhos, demonstram níveis baixos de responsividade, de demonstração de afeto e de controle.
São aqueles pais que parecem não querer se envolver com a educação dos filhos.
Como você percebeu, os estilos parentais são mais um componente ao qual se deve estar atento no momento de realização da abordagem dos indivíduos, da família ou do grupo. É a partir do conhecimento sobre os estilos parentais que você, Agente de Saúde, pode identificar os impactos nas crianças e adolescentes, sobretudo no caso do estilo negligente. E, com isso, poderá elaborar um Projeto Terapêutico Singular para o núcleo familiar.
Acesse o e-book “Abordagem Familiar no território da Atenção Primária à Saúde (APS)” e veja mais sobre a temática dos estilos parentais. Você também pode clicar aqui para acessá-lo.
Questões sobre violência no âmbito familiar
Agora, vamos tratar de um tema delicado e desafiador para você, agente de saúde: a violência.
Provavelmente, por conviver no mesmo território que as famílias atendidas, você pode ficar, muitas vezes, em dúvida sobre como proceder para interferir nessas situações.
Entretanto cabe a você entender sobre como identificar os tipos de violência que podem ocorrer no meio familiar e conhecer as ações e estratégias para lidar com essa situação sem se expor a riscos.
Vamos refletir sobre isso…
Clique nas imagens para visualizar o conteúdo.
É uma infecção causada pelo protozoário Entamoeba hystolytica. A infecção ocorre por meio da ingestão de alimentos ou água contaminada por fezes, contendo cistos do protozoário.
A falta de higiene e as más condições sanitárias facilitam a infecção dentro de casa e da comunidade. Os portadores, que não apresentam sintomas, podem espalhar a Amebíase quando do preparo de alimentos, sem lavar as mãos.
É uma infecção intestinal causada por vermes da família Ancylostomidae. A transmissão ocorre através das larvas do verme, que permanecem no solo durante várias semanas.
O diagnóstico laboratorial é feito encontrando ovos do verme no exame parasitológico de fezes. A Ancilostomíase ocorre mais em áreas rurais sem saneamento básico e onde as pessoas têm o hábito de andar descalças.
É uma infecção parasitária causada pelo helminto (verme) Ascaris lumbricoides, popularmente, conhecido como lombriga. A transmissão ocorre pela ingestão dos ovos do verme, que estão no solo, na água ou nos alimentos contaminados com fezes de pessoas infectadas.
O diagnóstico é realizado por meio do exame parasitológico de fezes com a presença de ovos do verme.
São duas doenças causadas por um mesmo verme em ciclos de vida diferentes. A Teníase é uma Verminose, causada pela presença do verme (Taenia solium ou Taenia saginata), na fase adulta, dentro do intestino da pessoa, conhecida, também, como solitária.
A pessoa contrai a solitária ao comer carne de porco ou de boi mal-cozida, que contém larvas. Quando adulta, a solitária pode atingir de 3 a 5 metros de comprimento.
Conhecida popularmente por Xistose, Barriga D’água ou Doença do Caramujo, é uma doença parasitária, causada pelo Schistosoma mansoni.
A contaminação acontece quando se entra em contato com águas de lagoas, represas e córregos, que tenham caramujos do tipo Biomphalaria, que liberam as larvas do verme. As larvas penetram pela pele, passam para o sangue e circulam por vários órgãos até chegar ao fígado.
Conhecida popularmente por Xistose, Barriga D’água ou Doença do Caramujo, é uma doença parasitária, causada pelo Schistosoma mansoni.
A contaminação acontece quando se entra em contato com águas de lagoas, represas e córregos, que tenham caramujos do tipo Biomphalaria, que liberam as larvas do verme. As larvas penetram pela pele, passam para o sangue e circulam por vários órgãos até chegar ao fígado.
Conhecida popularmente por Xistose, Barriga D’água ou Doença do Caramujo, é uma doença parasitária, causada pelo Schistosoma mansoni.
A contaminação acontece quando se entra em contato com águas de lagoas, represas e córregos, que tenham caramujos do tipo Biomphalaria, que liberam as larvas do verme. As larvas penetram pela pele, passam para o sangue e circulam por vários órgãos até chegar ao fígado.
Conhecida popularmente por Xistose, Barriga D’água ou Doença do Caramujo, é uma doença parasitária, causada pelo Schistosoma mansoni.
A contaminação acontece quando se entra em contato com águas de lagoas, represas e córregos, que tenham caramujos do tipo Biomphalaria, que liberam as larvas do verme. As larvas penetram pela pele, passam para o sangue e circulam por vários órgãos até chegar ao fígado.
Esses são os principais tipos de violência que podem ser identificados. Você, como agente de saúde, têm um papel importante de notificar esses casos, junto com os outros membros da equipe de APS.
Confira também outras disciplinas que abordam a Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública, bem como o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – SINAN.
Existe uma ficha específica para o SINAN, chamada Ficha de Notificação/Investigação Individual – Violência Doméstica, Sexual e/ou outras Violências Interpessoais. É fundamental que você, como profissional, entenda que esse sistema, o SINAN, é alimentado principalmente pelas notificações que você realiza.
Veja porque é muito importante você realizar a notificação na ficha do SINAN:
Assista à teleaula para saber mais sobre a atuação dos agentes de saúde em questões de violência no âmbito familiar.
Após a identificação de uma situação de violência, cabe a você levar o caso para discussão junto aos outros profissionais da equipe.
Os detalhes envolvidos na situação de violência devem ser analisados e verificados quais são os recursos disponíveis no território para sanar a violência por meio dos serviços de saúde.
A situação de violência envolve sigilo dos envolvidos. Por isso, para proteção dos profissionais de saúde, o caso deve ser discutido em espaço protegido.
Para descobrir mais sobre a sua atuação nos casos de violência domiciliar, acesse também o e-book desta disciplina. Clique aqui para acessar.
Propondo a orientação familiar e comunitária
Um dos atributos da APS é a realização de orientação familiar e comunitária, pois a atenção à saúde deve estar voltada para a família.
Diante da fragmentação e da descontinuidade assistencial dos serviços disponíveis na área da saúde, a APS deve se valer da orientação familiar e comunitária, articulando redes de cuidado e fluxos disponíveis para atendimento das famílias em seus territórios.
A orientação familiar e comunitária envolve o reconhecimento da necessidade em saúde da comunidade, tanto por meio de dados epidemiológicos e socioeconômicos disponíveis, como por intermédio do contato direto, considerando seu contexto e potencial de cuidado.
Para melhor realizar a orientação familiar e comunitária das pessoas atendidas em seus territórios, é relevante que você:
Com isso, será possível considerar as possibilidades de atenção integral, tendo em vista o contexto familiar e a exposição a perigos, bem como alcançar maior integralidade no atendimento da família, a partir do ambiente no qual ela está.
Confira a teleaula e acesse o e-book desta disciplina para aprofundar seus conhecimentos sobre estratégias para a sua atuação na orientação familiar e comunitária.
Prevenção de agravos à saúde na família
Podemos definir prevenção como “preparar, antecipar ou impedir a realização”.
Quando tratamos de prevenção em saúde, são necessárias – e esperadas – ações de forma a impedir que a doença aconteça ou progrida.
Já existem programas no sentido de prevenção em muitas unidades de Atenção Primária à Saúde, como os programas voltados para hipertensos e diabéticos.
E ações de prevenção à saúde, como a vacinação, o exame pré-natal, a quimioprofilaxia, a eliminação de focos de vetores de doenças, a distribuição de preservativos, entre outros.
Acesse o e-book desta disciplina e veja os cinco níveis básicos de prevenção: primária, secundária, terciária, quaternária e quinquenária. Clique aqui para acessar.
Nesta disciplina, foram explorados os diferentes tipos de famílias, levando em conta as complexidades dos vínculos entre seus membros e o contexto em que estão inseridos.
Também foi abordada a análise territorial, por meio de ferramentas como Genograma e Ecomapa, para uma compreensão mais aprofundada do ambiente familiar.
Além disso, foram apresentadas estratégias para abordagens eficazes nesse contexto e discutidas técnicas para visitas domiciliares, destacando a importância dessas práticas na identificação e na compreensão das demandas de saúde da população, com uma visão mais ampla e integrada da família.
Acesse os materiais indicados para complementar o conteúdo estudado nesta disciplina.
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Teleaula
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Atividades Avaliativas
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Bons estudos e até a próxima disciplina!
Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do Mais CONASEMS em parceria com o Ministério da Saúde – MS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
GESTÃO EDUCACIONAL
Cristiane Martins Pantaleão
Érika Rodrigues de Almeida
Fabiana Schneider Pires
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Kelly Cristina Santana
Valdívia França Marçal
ELABORAÇÃO DE TEXTO
Luciana Barcellos Teixeira
Andréa Fachel Leal
DESIGNER EDUCACIONAL
Alexandra da Silva Gusmão
Jacqueline Cristina dos Santos
Gustavo Henrique Faria Barra
REVISÃO LINGUÍSTICA
Keylla Manfili Fioravante
Em Validação
COORDENAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO GRÁFICO
Cristina Perrone
DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
Aidan Bruno
Alexandre Itabayana
Caroline Boaventura
Icaro Duarte
Lorenna Martinelly Alves Vieira
Lucas Mendonça
Ygor Baeta Lourenço
Wellington Tadeu Aparecido Silva
ASSESSORIA EXECUTIVA
Conexões Consultoria em Saúde LTDA
FOTOGRAFIAS E ILUSTRAÇÕES
Biblioteca do Banco de Imagens do Conasems
IMAGENS
Freepik
Flaticon
Serão objeto do nosso estudo as seguintes doenças:
Preparado (a)? Acompanhe a seguir!
Características | Educação Continuada | Educação Permanente |
---|---|---|
Público-alvo | uniprofissional | multiprofissional |
Inserção no mercado de trabalho | prática autônoma | prática institucionalizada |
Enfoque | temas de especialidades | problemas de saúde |
Objetivo principal | atualização técnico-científica | transformação das práticas técnicas e sociais |
Periodicidade | esporádica | contínua |
Metodologia | pedagogia da transmissão (geralmente, por meio de aulas, conferências, palestras), em locais diferentes dos ambientes de trabalho | pedagogia centrada na resolução de problemas (geralmente através da supervisão dialogada, oficinas de trabalho), efetuada nos mesmos ambientes de trabalho |
Resultados | apropriação passiva do saber científico; aperfeiçoamento das práticas individuais | mudança organizacional; apropriação ativa do saber científico; fortalecimento das ações em equipe |
Não deixe de consultar o e-book. Nele retomaremos esse assunto.