Bem-vindo(a) ao estudo da Disciplina Vigilância e controle de zoonoses, arboviroses, e combate a animais peçonhentos

Vamos abordar as principais  doenças transmitidas por vetores, zoonoses e do combate a animais peçonhentos, incluindo sua transmissão, os vetores envolvidos, bem como as medidas de prevenção e o controle.

Daremos destaque ao processo de vigilância em saúde para você, Agente de Combate às Endemias, refletir, articular conhecimentos e criar estratégias em relação à ocorrência e ao risco de ocorrência das principais doenças e dos agravos relevantes para a saúde pública.

Vamos lá!

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Clique no destaque.

Objetivos de Aprendizagem

Ao concluir seus estudos, espera-se que você seja capaz de:

Conhecer as zoonoses e as principais doenças transmitidas por vetores incluindo conceitos de taxonomia, patologia, interação e epidemiologia dessas doenças.

Refletir sobre as estratégias de prevenção, controle e vigilância das zoonoses e das principais doenças transmitidas por vetores, incluindo arboviroses, bacterioses, riquetsioses, parasitoses e sobre acidentes com animais peçonhentos.

Reconhecer a importância das:

  • ações educativas e do manejo ambiental para o controle de vetores; 
  • medidas de proteção individual e coletiva para prevenir zoonoses e acidentes com animais peçonhentos. 

Integrar as ações de Promoção da Saúde com as ações de Vigilância e Prevenção no enfrentamento às doenças transmissíveis e aos seus fatores de risco.

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Conhecer as zoonoses e as principais doenças transmitidas por vetores incluindo conceitos de taxonomia, patologia, interação e epidemiologia dessas doenças.

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Refletir sobre as estratégias de prevenção, controle e vigilância das zoonoses e das principais doenças transmitidas por vetores, incluindo arboviroses, bacterioses, riquetsioses, parasitoses e sobre acidentes com animais peçonhentos.

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Reconhecer a importância das:

  • ações educativas e do manejo ambiental para o controle de vetores; 
  • medidas de proteção individual e coletiva para prevenir zoonoses e acidentes com animais peçonhentos. 

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Integrar as ações de Promoção da Saúde com as ações de Vigilância e Prevenção no enfrentamento às doenças transmissíveis e aos seus fatores de risco.

DOENÇAS TRANSMITIDAS POR VETORES

Que tal começarmos falando sobre vetores? Você se lembra do que são vetores? 

Vetores são organismos que têm a capacidade de transportar agentes patogênicos (ou infecciosos) responsáveis por causar doenças. 

Eles servem como uma ponte entre o agente patogênico e o hospedeiro, permitindo a infecção de pessoas ou animais.

O agente etiológico é o responsável por causar doenças infecciosas que podem ser transmitidas para outros seres vivos, sejam eles da mesma espécie ou não. 
Já o hospedeiro é um ser vivo, seja ele humano ou animal que, em condições naturais, permite a sobrevivência e a multiplicação do agente infeccioso.

ARBOVIROSES

TRANSMISSÃO

Pessoa infectada

As Arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes hematófagos, sendo que a maioria dos vírus que causam problemas de saúde pública pertencem aos gêneros Flavivírus, Alphavírus ou Orthobunyavírus, e são transmitidos por meio da picada de insetos. 

Em seguida veja quais são todas as arboviroses.

Pessoa saudável

As Arboviroses são doenças virais transmitidas por artrópodes hematófagos, sendo que a maioria dos vírus que causam problemas de saúde pública pertencem aos gêneros Flavivírus, Alphavírus ou Orthobunyavírus, e são transmitidos por meio da picada de insetos. 

Em seguida veja quais são todas as arboviroses.

AEDES AEGYPTI

O Aedes aegypti tem papel de destaque nas ações de saúde pública, visto que, comprovadamente, é o principal vetor de transmissão das arboviroses urbanas:

Dengue

Zika

Chikungunya

Aedes aegypti é um mosquito de disseminação nacional, que se desenvolve na água limpa e parada, em locais quentes como as regiões tropicais e subtropicais. O repasto sanguíneo das fêmeas, assim como a oviposição, ocorre quase sempre durante o dia, nas primeiras horas da manhã e ao anoitecer.

Um ovo demora entre 7 e 10 dias para virar um mosquito adulto

Figura 1 – Ciclo de vida do Aedes aegypti

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As pupas vivem na água e demoram de 2 a 3
e dias para se transformarem em mosquitos adultos
com capacidade de voar.
As larvas vivem na água e se
convertem em pupas em apenas 5 dias.

Os mosquitos fêmeas depositam
seus ovos em qualquer
recipiente que contenha água.

Quando os ovos se encontram em meio
aquoso, ocorre o processo de incubação,
que pode durar de alguns dias a meses.

Fonte: FIOCRUZ, 2019.

Clique nos destaques

DENGUE

A dengue é uma doença febril aguda, que pode oscilar de casos leves e assintomáticos, a casos graves. 

É importante salientar que a principal forma de transmissão é a vetorial. A fêmea do Aedes aegypti, que é o vetor da doença, adquire o vírus, através da picada a uma pessoa doente.

A transmissão da doença ocorre através da picada da fêmea infectada em uma pessoa sadia e a fêmea do Aedes aegypti adquire o vírus, através da picada a uma pessoa doente.

Clique na caixa sintomas

CHIKUNGUNYA

Agora que estudamos a principal arbovirose circulante no país, que tal conhecermos um pouco sobre as outras arboviroses transmitidas pelo mosquito do Aedes aegypti? Vamos começar com a chikungunya?

Esta doença apresenta sintomas muito semelhantes aos da dengue, sendo que sua principal manifestação clínica é a forte dor nas articulações, o que a diferencia das outras arboviroses.

Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, persistindo por anos e, em alguns casos, causando incapacidades que afetam, negativamente, a produtividade e a qualidade de vida.

A febre chikungunya é causada pelo vírus chikungunya (CHIKV), pertencente ao gênero Alphavirus, da família Togaviridae, transmitido ao ser humano através da picada da fêmea do mosquito do Aedes aegypti.

ZIKA

A Zika é uma doença causada pelo vírus Zika (ZIKV), pertencente ao gênero Flavivirus da família Flaviviridae, que é transmitida ao ser humano principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti

Pessoa infectada com o Zika vírus.

Mosquito infectado pica pessoa saudável e transmite o vírus.

Possível transmissão da mãe para o bebê durante a gravidez.

Aedes aegypti pica a pessoa infectada.

A Zika é uma doença viral que, geralmente, apresenta sintomas leves e autolimitados, mas cerca de 50% das pessoas infectadas podem desenvolver exantema pruriginoso, febre, dor de cabeça, mal-estar e, em alguns casos, artralgia. A intensidade da dor nas articulações é geralmente menor do que a observada na chikungunya.

FEBRE AMARELA

A febre amarela é uma doença viral aguda que apresenta elevada letalidade em suas formas graves, tornando-se uma zoonose de grande importância nacional. Entretanto, graças a medidas eficazes como a vacinação, que é uma forma de prevenção imunológica, o último registro de um caso de febre amarela urbana no Brasil data de 1942. 

Figura 3 – Ciclos da febre amarela

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Não são transmitidas entre macaco/pessoa/pessoa.

A infecção do mosquito ocorre quando o mosquito pica um macaco ou ser humano infectado.

O ciclo de vida composto por um ciclo intrínseco (no homem) e outro extrínseco (no vetor).

Clique nos destaques

FEBRE DO NILO

O que é vírus Nilo Ocidental?

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma infecção viral aguda causada por um arbovírus pertencente à família Flaviviridae e ao gênero Flavivírus, que também inclui vírus como o da dengue, febre amarela e Zika. 

Figura 4 – O vírus do Nilo Ocidental 

Hospedeiros acidentais

  • A infecção pode cursar com febre e encefalite.
  • Não transmitem o vírus por mosquitos.

Hospedeiros naturais

  • Várias espécies de pássaros e outras aves.
  • Os corvídeos e passeriformes são muito susceptíveis.
  • Algumas espécies desenvolvem infecção subclínica.

Fonte: BRASIL, 2021

Hospedeiros acidentais

  • Raramente transmitem o vírus.
  • Os equinos são muito susceptíveis.
  • Outros mamíferos e aves domésticas podem ser infectados e adoecer.

FEBRE MAYARO E FEBRE DO OROPOUCHE

Vamos agora falar sobre a Febre do Mayaro e a Febre do Oropouche?

A Febre do Mayaro é uma doença infecciosa aguda causada pelo vírus Mayaro. Ela é transmitida por mosquitos silvestres, principalmente, do gênero Haemagogus

Os primatas são os principais hospedeiros do vírus e o homem é um hospedeiro acidental. O ciclo epidemiológico é semelhante ao da Febre Amarela Silvestre.

O trabalho conjunto do(a) ACE e ACS inclui atividades de promoção da saúde, prevenção de doenças e vigilância em saúde, por meio de visitas domiciliares e ações educativas. O(A) ACE também realiza ações de controle de doenças usando medidas químicas, biológicas e de manejo ambiental, quando necessário.

A Febre do Oropouche é uma arbovirose que causa febre, cefaleia seguida de mialgia e pode evoluir, raramente, para meningite. Os sintomas duram poucos dias, mas podem ocorrer recaídas. O vírus Oropouche (VORO) é transmitido principalmente pelo mosquito da espécie Culicoides paraensis (borrachudo, maruim ou pólvora), mas também já foi identificado na espécie Culex quinquefasciatus (muriçoca ou pernilongo).

Ficou curioso em saber mais sobre as doenças? Clique aqui e veja no e-book mais informações.

BACTERIOSES E RIQUETSIOSES

Olá, Camila. Que bom encontrar você aqui! Você viu a quantidade de hospedeiros amplificadores que estamos tendo na comunidade?

Isso mesmo! A seguir, abordaremos as doenças transmitidas por animais: a Febre Maculosa, a Doença de Lyme, a Peste, Hantavirose e a Leptospirose.

Olá, Bia! Vi, sim. 

Então, como se não bastasse a quantidade de entulho, resto de comida e materiais que acumulam nos terrenos, agora teremos que rever nossas orientações, com a chegada desses “novos moradores”.

Olá, Camila. Que bom encontrar você aqui! Você viu a quantidade de hospedeiros amplificadores que estamos tendo na comunidade?

Olá, Bia! Vi, sim. 

Então, como se não bastasse a quantidade de entulho, resto de comida e materiais que acumulam nos terrenos, agora teremos que rever nossas orientações, com a chegada desses “novos moradores”.

Isso mesmo! A seguir, abordaremos as doenças transmitidas por animais: a Febre Maculosa, a Doença de Lyme, a Peste, Hantavirose e a Leptospirose.

FEBRE MACULOSA

Você sabia que depois dos insetos (dípteros), os carrapatos são os que apresentam maior importância como vetores de doenças humanas?

A transmissão ocorre principalmente por meio da picada do carrapato infectado, conhecido como “carrapato estrela”, que é encontrado tanto em áreas urbanas quanto nas áreas rurais nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Vamos aprofundar nosso conhecimento sobre a Febre Maculosa Brasileira (Rickettsia rickettsii), que é a forma mais comum e reconhecida de riquetsiose no país.

Essa doença infecciosa aguda é caracterizada por febre e pode ser fatal, com uma taxa de mortalidade próxima a 50%, embora ocorra de forma esporádica.

Figura 5 – Ciclo do carrapato 

Fonte: USP. UNIVESP, s.d. mód. 5, p. 179

DOENÇA DE LYME

Agente causador
Borrelia burgdorferi

Os carrapatos precisam permanecer fixadas na pele do hospedeiro por pelo menos 24 horas para que ocorra a transmissão da doença. 

Sintomas
  • Mancha avermelhada –  houve a picada do carrapato. Com o tempo, ela aumenta de tamanho e se espalha para todo o corpo.
  • Febre
  • Dores de cabeça
  • Mal-estar
Tratamento
O tratamento é feito com antibiótico e dura de 14 a 21 dias.

Diagnóstico

O diagnóstico da doença de Lyme é clinico.

Transmissor 

Carrapato infectado, principalmente, pelo “carrapato estrela” (“carrapato de cavalo” ou “rodoleiro”).

HANTAVIROSE E LEPTOSPIROSE

Agora, vamos falar da: Hantavirose e Leptospirose.

Tanto a Hantavirose quanto a Leptospirose são doenças transmitidas por roedores, mas apresentam diferenças em relação ao vetor principal responsável pela transmissão.

A Hantavirose é transmitida pelo rato silvestre.

A Leptospirose pode ser transmitida por animais sinantrópicos, domésticos e selvagens.”

O agente etiológico da Hantavirose é o vírus RNA, pertencente à família Bunyaviridae, gênero Hantavirus, transmitido ao ser humano através de mamíferos, principalmente, roedores silvestres.

 É uma doença que oscila de febril aguda a quadros pulmonares e cardiovasculares mais graves, com alta letalidade (40%). 

Roedores são mamíferos pertencentes à ordem Rodentia, com grande capacidade de adaptação e sobrevivência em situações adversas de clima e altitudes (sinantrópico). 

PESTE

Vamos falar sobre a peste agora?

A peste é uma doença infecciosa aguda, causada pela bactéria Yersinia pestis.

Essa doença é, principalmente, transmitida pela picada de pulgas infectadas que infestam mamíferos e pode apresentar-se em três formas clínicas distintas:

Bubônica

Septicêmica

Pneumônica

As atividades de vigilância, prevenção e controle da peste são realizadas regularmente em áreas endêmicas. A captura de roedores e pulgas é um dos aspectos importantes para fornecer indicadores precisos e acionar medidas de controle, além dos inquéritos em carnívoros.

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PARASITOSES

Chegou o momento de falarmos de algumas parasitoses, como a doença de Chagas, a leishmaniose, a malária, a filariose linfática, a raiva e a toxoplasmose.

Muito interessante!

Também falaremos sobre como podemos trabalhar as  medidas de prevenção dessas doenças.

DOENÇA DE CHAGAS

No Brasil, os três gêneros mais frequentes são:

Figura 6 –  Gêneros do protozoário

Fonte: MEIS, CASTRO, 2017.

Panstrongylus

Apresenta a cabeça curta, “robusta”, com as antenas localizadas perto dos olhos.

Triatoma

Apresenta a cabeça de tamanho médio, com as antenas localizadas no meio (entre os olhos e a ponta da cabeça).

Rhodnius

Apresenta a cabeça alongada, com as antenas localizadas na ponta da cabeça.

A doença de Chagas, também conhecida também como tripanossomiase americana, é uma doença parasitária, causada pelo Trypanosoma cruzi, protozoário flagelado da ordem Kinetoplastida, família Trypanosomatidae e transmitido ao homem através do inseto da subfamília Triatominae (Hemiptera, Reduviidae), popularmente conhecido como: 

  • barbeiro, 
  • chupão, 
  • procoto ou bicudo. 
A Doença de Chagas é classificada como uma enfermidade tropical que apresenta uma considerável taxa de morbimortalidade. Sua principal forma de transmissão é a vetorial. Os insetos conhecidos como barbeiros eliminam suas fezes após se alimentarem do sangue humano, e a contaminação ocorre quando as fezes são esfregadas na ferida causada pela picada.
Figura 7 – Ciclo de transmissão vetorial da doença de Chagas
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= Estágio infeccioso

= Estágio diagnóstico

Fonte: BRASIL, 2021.

O inseto vetor pica e defeca ao mesmo tempo. O tripomastigota presente nas fezes passe-se para a ferida na pele ao coçar ou esfregar.

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O inseto vetor pica e defeca ao mesmo tempo. O tripomastigota presente nas fezes passa à ferida na pele ao coçar ou esfregar.

Os tripomastigotas invadem as células onde se transformam em amastigotas.

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Os tripomastigotas invadem as células onde se transformam em amastigotas.

Os amastigotas multiplicam-se dentro das células assexuadamente.

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Os amastigotas multiplicam-se dentro das células assexuadamente.

Os tripanossomas então invadem novas células em diferentes regiões do corpo e se multiplicam como amastigotas.

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Os tripanossomas então invadem novas células em diferentes regiões do corpo e se multiplicam como amastigotas.

Os amastigotas transformam-se em tripopastigotas e destroem a célula saindo para o sangue.

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Os amastigotas transformam-se em tripopastigotas e destroem a célula saindo para o sangue.

Clique na caixa prevenção.

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MALÁRIA

A malária é uma enfermidade infecciosa febril aguda que tem como agente etiológico os protozoários do gênero Plasmodium.
Transmitidos através da picada do mosquito fêmea infectado do gênero Anopheles (ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae), popularmente conhecido como mosquito-prego.

Os sintomas mais comuns incluem:

febre alta

fadiga e mialgia

cefaleia

sudorese

calafrios

Esses sintomas podem evoluir para casos graves e até mesmo óbito (em cerca de 10% dos casos), sendo considerada um grave problema de saúde pública em escala global.

Clique nas bolinhas e na caixa prevenção.

LEISHMANIOSES

Qual a diferença entre a leishmaniose tegumentar e a visceral?

A leishmaniose tegumentar é uma doença de evolução crônica, infecciosa, não contagiosa que é causada pelo protozoário do gênero Leishmania. Sua transmissão é vetorial, através da picada de fêmeas de flebotomineos (ordem Diptera, familia Psychodidae, subfamília Phlebotominae, genero Lutzomyia), infectadas, conhecidas popularmente como mosquito palha.

A leishmaniose visceral, devido a sua incidência e alta letalidade, principalmente, em indivíduos não tratados e crianças desnutridas, é também considerada emergente em indivíduos portadores da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), tornando-se uma das doenças mais importantes da atualidade.

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Mosquito Palha

Fêmea do inseto vetor

 

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Mosquito Palha

Fêmea do inseto vetor

 

cao

Cão Infectado na área urbana

raposa

Ambiente silvestre – destaca-se as raposas e os marsupiais

cao

Cão Infectado

family

Humanos ou cães não infectados

É uma doença que não apresenta transmissão de pessoa a pessoa, ocorre em ambos os sexos e em todas as faixas etárias. 

Clique nos destaques em seguida clique na caixa prevenção 

FILARIOSE LINFÁTICA

Transmitida ao ser humano (único reservatório) pelos mosquitos da espécie Culex quinquefasciatus, também conhecidos como pernilongo, carapanã ou muriçoca. 

A Filariose Linfática (Elefantíase) é uma doença parasitária crônica, causada por vermes nematoides das espécies Wuchereria bancrofti, Brugia malayi e Brugia timori.

Transmitida ao ser humano (único reservatório).

A Filariose Linfática desencadeia incapacidades permanentes e duradouras, acometendo principalmente, os membros inferiores e o trato urogenital, sendo as suas principais apresentações clínicas o linfedema e a hidrocele.

RAIVA

A raiva é uma doença transmitida através da mordedura, principalmente, de cães e gatos infectados, que possuem em sua saliva o vírus RNA rábico (Rabies lyssavirus). Acomete tanto humanos quanto outros mamíferos, principalmente, animais de produção (bovinos, equinos), na zona rural. A doença apresenta quatro ciclos de transmissão: 

Figura 8 – Ciclos epidemiológicos de transmissão da raiva 

Fonte: BRASIL, 2021

Sendo o ciclo urbano passível de eliminação, devido às medidas efetivas de prevenção (homem e fonte de infecção).

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TOXOPLASMOSE

O gato como reservatório/
hospedeiro definido.

Toxoplasmose, doença causada por um protozoário (Toxoplasma gondii), com prevalência progressiva conforme idade e distribuição mundial. 

O ser humano, aparece como um hospedeiro intermediário, onde situações de imunocomprometimento podem reativar a doença em pessoas. 

A transmissão ocorre de forma indireta ou direta/vertical, através de consumo de alimentos/água contaminada (oral), inalação de aerossóis contaminados; inoculação acidental; transfusão sanguínea; transplante de órgãos (vias raras), via transplacentária para o feto (congênita). 

Você, ACE, em conjunto com o(a) ACS devem enfatizar a adoção de medidas protetoras para prevenir traumas transcutâneos, como: usar calçados, luvas e roupas adequadas, além de evitar contato com gatos doentes e errantes, como medidas preventivas para a esporotricose, em diferentes níveis de atenção à saúde.

A seguir, vamos falar de alguns animais peçonhentos.

Quais são os grupos de animais peçonhentos para os quais devemos estar atentos?

Ao se mencionar animais peçonhentos, é comum a associação automática a escorpiões, aranhas, serpentes, abelhas, formigas, águas-vivas, lacraias e outros.

Na figura 9, vamos conhecer esse grupo de animais peçonhentos, por nomenclatura popular e tipo de acidente causado.

Figura 9 – Grupo de animais peçonhentos 

As notificações de acidentes por animais peçonhentos vêm aumentando progressivamente nos últimos anos, chegando a quase 100 mil acidentes por ano. Fonte: BRASIL, 2009

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ATIVIDADES DAS UNIDADES DE VIGILâNCIA DE ZOONOSES

É importante destacar que todas as ações são seletivas e voltadas exclusivamente para os animais que representam um risco iminente de transmissão de zoonoses.

Recolhimento de animais de relevância para a saúde pública.

Recepção de animais pela UVZ (entrega de animais vertebrados pela população). 

Destinação dos animais vertebrados recolhidos.

Remoção de animais (apreensão e captura de animais vertebrados).

Alojamento e manutenção dos animais vertebrados recolhidos.

CONTROLE DAS POPULAÇÕES DE ANIMAIS DE RELEVÂNCIA PARA A SAÚDE PÚBLICA / VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DE ZOONOSES

O controle populacional de animais é uma medida que só é adotada em situações excepcionais, quando há um risco iminente de transmissão de zoonoses em determinadas áreas. Ela é aplicada por um período limitado, pois pode acarretar desequilíbrios ambientais.
É fundamental enfatizar que as medidas de vigilância e prevenção de zoonoses devem ser realizadas de forma contínua, bem como a implementação de ações preventivas adequadas, pois permitem a detecção precoce de riscos iminentes de transmissão de doenças aos seres humanos.
Que tal se informar mais sobre as medidas de saúde para prevenir zoonoses?
Você sabe quais são os tipos de animais cujo controle populacional é relevante para a saúde pública?

As ações de controle com relevância à saúde pública são divididas em três grupos: 

Animais domésticos e domesticados

Animais peçonhentos e venenosos

Roedores sinantrópicos e vetores

Quer saber mais sobre o controle de populações de animais? Não deixe de ler o nosso e-book. Clique aqui.

RETROSPECTIVA

Durante esta disciplina, estudamos diversas doenças, seus agentes causadores e as principais vetores, especialmente, aqueles que têm importância sanitária na área da saúde pública. 

Após essa jornada do conhecimento, esperamos que você utilize das medidas educativas na sociedade que são, sem dúvida, importantes ferramentas para o controle das doenças que se propagam na comunidade. 

Mas não pare por aqui...

Acesse os materiais didáticos indicados para complementar o conteúdo estudado e realize as atividades propostas.

Passe o mouse sobre o ícone destacado abaixo.

 Teleaula

E-book

 Leitura complementar e Vídeos

 Fórum para interação com a comunidade virtual de aprendizagem

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Fique atento(a): para aprovação na disciplina, você deve obter 60% dos pontos distribuídos. Portanto, participe das atividades avaliativas propostas e, em caso de dúvidas, acione seu tutor.

Atividades Avaliativas

Até a próxima disciplina!

Ficha Técnica

Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do CONASEMS em parceria com o Ministério da Saúde – MS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

GESTÃO EDUCACIONAL
Cristiane Martins Pantaleão
Fabiana Schneider Pires
Rubensmidt Ramos Riani

COORDENAÇÃO TÉCNICA E PEDAGÓGICA
Carmen Lúcia Mottin Duro
Cristina Fátima dos Santos Crespo
Diogo Pilger
Fabiana Schneider Pires
Valdívia Marçal

REVISÃO TÉCNICA
Alayne Larissa M. Pereira
Andréa Fachel Leal
Camila Mello dos Santos
Carmen Lúcia Mottin Duro
Diogo Pilger
Jéssica Rodriguez Machado
José Braz Damas Padilha
Lanusa Terezinha Gomes Ferreira
Michelle Leite da Silva
Patricia da Silva Campos
Wendy Payane F. dos Santos

ELABORAÇÃO DE TEXTO
Débora Cristina Modesto Barbosa

REVISÃO LINGUÍSTICA
Gehilde Reis Paula de Moura

COLABORAÇÃO
Fabiana Schneider Pires
Josefa Maria de Jesus
Kátia Wanessa Alves Silva
Marcela Alvarenga de Moraes
Marcia Cristina Marques Pinheiro
Rejane Teles Bastos
Roberta Shirley Alves de Oliveira
Rosângela Treichel

MAKERS  EDUCACIONAIS
Aidan Bruno
Alexandra da Silva Gusmão
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone  – Coordenação
Bárbara Monteiro
Daniel Vilela
Felipe Reis
Juliana de Almeida Fortunato
Lívia Magalhães
Lucas Corrêa Mendonça
Pollyanna Micheline Lucarelli
Priscila Rondas
Ygor Baeta Lourenço

ASSESSORIA EXECUTIVA
Conexões Consultoria em Saúde Ltda.

O diagnóstico pode ser atrasado, pois como as pessoas infectadas com dengue podem apresentar sinais clínicos semelhantes a outras arboviroses, os profissionais de saúde podem apresentar dificuldades na suspeita inicial e consequentemente na adoção adequada do manejo clínico. Isso pode predispor à ocorrência de formas graves da doença e, de forma mais esporádica, a óbitos.

Figura 2 Principais sintomas dos arbovírus: dengue, chikungunya e Zika. 

Fonte: FIOCRUZ, 2015

Considerando as informações apresentadas sobre a Doença de Chagas, que tal mencionar as principais medidas preventivas que devem ser reforçadas junto à população?

Entre as medidas de proteção, destacam-se estas atividades de educação em saúde:

Agora que você possui conhecimento sobre a Malária, vamos refletir sobre as estratégias de prevenção e controle dessa doença.

Para combater a malária e alcançar a meta de eliminação da doença, é importante que você, como ACE, desempenhe um papel importante na adoção de medidas preventivas e de controle. 

As medidas de prevenção da malária envolvem medidas individuais, como o uso de mosquiteiros, roupas compridas, telas e repelentes, e medidas coletivas, incluindo a borrifação intradomiciliar, obras de saneamento, limpeza de criadouros, controle da vegetação aquática, melhoria das condições de moradia e trabalho e uso racional da terra.

A integração entre ACS e UBS maximiza esforços na prevenção e controle de doenças. 

É importante definir áreas receptivas onde a presença do vetor permite a transmissão autóctone para decisões assertivas sobre ações de prevenção e controle vetorial.

Para combater a malária e alcançar a meta de eliminação da doença, é importante que você, como ACE, desempenhe um papel importante na adoção de medidas preventivas e de controle. 

As medidas de prevenção da malária envolvem medidas individuais, como o uso de mosquiteiros, roupas compridas, telas e repelentes, e medidas coletivas, incluindo a borrifação intradomiciliar, obras de saneamento, limpeza de criadouros, controle da vegetação aquática, melhoria das condições de moradia e trabalho e uso racional da terra.

A integração entre ACS e UBS maximiza esforços na prevenção e controle de doenças. 

É importante definir áreas receptivas onde a presença do vetor permite a transmissão autóctone para decisões assertivas sobre ações de prevenção e controle vetorial.

Qual a melhor forma de prevenção da Leishmaniose Visceral? 

Para prevenir a Leishmaniose Visceral, é fundamental combater o inseto transmissor. 

Uma forma de manter o mosquito afastado é através da higiene ambiental, que inclui a limpeza frequente dos quintais, a remoção de materiais orgânicos em decomposição e o descarte adequado do lixo orgânico para impedir o desenvolvimento das larvas dos mosquitos.

É importante também realizar a limpeza dos abrigos de animais domésticos, mantendo-os distantes do domicílio, principalmente, à noite. 

Para evitar casos de raiva em seres humanos, é importante que você, ACE, em conjunto com a Equipe da UBS e os(as) ACS fiquem atentos a estas principais medidas:

Realizar busca ativa de pessoas sob exposição de risco ao vírus rábico. 

Investigar todos os casos suspeitos de raiva humana e animal, assim como determinar sua fonte de infecção. 

Determinar as áreas de risco para raiva. 

Monitorar a raiva animal, com intuito de evitar ocorrência de casos humanos.

Realizar os bloqueios de foco de transmissão (controle vetorial). 

Realizar as campanhas de vacinação antirrábica de caninos e felinos. 

Realizar ações educativas de forma continuada.

Propor as medidas de prevenção e controle. 

IMAGENS

Banco de Fotos Conasems

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância em saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2021. 1.126 p. : il. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/vigilancia/guia-de-vigilancia-em-saude_5ed_21nov21_isbn5.pdf. Acesso em: 31 mar. 2023.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em saúde: zoonoses / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigilancia_saude_zoonoses_p1.pdf

FIOCRUZ. AGÊNCIA FIOCRUS DE NOTÍCIAS; SAÚDE E CIÊNCIA PARA TODOS, 2015. Zika, chikungunya e dengue: entenda as diferenças. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/zika-chikungunya-e-dengue-entenda-diferen%C3%A7as. Acesso em: 31 mar. 2023.

FIOCRUZ. AGÊNCIA FIOCRUS DE NOTÍCIAS; SAÚDE E CIÊNCIA PARA TODOS, 2019. Ciclo de vida do Aedes aegypti. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/pergunta/como-e-o-ciclo-de-vida-do-mosquito-aedes-aegypti. Acesso em: 17 abr. 2023.

MEIS, Juliana; CASTRO, Rejane S. Silva. Espécies de triatomíneos: Panstrongylus, Triatoma e Rhodnius segundo características. Manual para diagnóstico em doença de Chagas. Rio de Janeiro: DCDTV/DVS/SESPA, 2017. pág.11. Disponível em: http://chagas.fiocruz.br/wp-content/uploads/2018/08/02-Manual-de-Chagas-Diagramado.pdf. Acesso em: 31 mar. 2023.

USP. UNIVESP, s.d. Ciclo biológico do carrapato; principais doenças infecciosas e parasitárias e seus condicionantes em populações humanas. In: Licenciatura em Ciências, Módulo 5. p. 179 Disponível em: https://midia.atp.usp.br/plc/plc0501/impressos/plc0501_08.pd. Acesso em: 31 mar. 2023.

ENVATO ELEMENTS

https://elements.envato.com

FREEPIK

https://br.freepik.com

Serão objeto do nosso estudo as seguintes doenças: 

  • COVID 
  • INFLUENZA
  • SARAMPO
  • TUBERCULOSE
  • AIDS/HIV
  • SÍFILIS NA GESTAÇÃO CONGÊNITA
  • ARBOVIROSES

Preparado (a)? Acompanhe a seguir!

CaracterísticasEducação ContinuadaEducação Permanente
Público-alvouniprofissionalmultiprofissional
Inserção no mercado de trabalhoprática autônomaprática institucionalizada
Enfoquetemas de especialidadesproblemas de saúde
Objetivo principalatualização técnico-científicatransformação das práticas técnicas e sociais
Periodicidadeesporádicacontínua
Metodologiapedagogia da transmissão (geralmente, por meio de aulas, conferências, palestras), em locais diferentes dos ambientes de trabalhopedagogia centrada na resolução de problemas (geralmente através da supervisão dialogada, oficinas de trabalho), efetuada nos mesmos ambientes de trabalho
Resultadosapropriação passiva do saber científico; aperfeiçoamento das práticas individuaismudança organizacional; apropriação ativa do saber científico; fortalecimento das ações em equipe

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Você já sabe, mas não custa lembrar que..