Que bom ter você de volta!
Objetivos de Aprendizagem
Ao concluir seus estudos, espera-se que você seja capaz de:
Clique nos botões em destaque.
Direitos sexuais e reprodutivos das mulheres; pré-natal e puerpério; prevenção do câncer de colo uterino; prevenção do câncer de mama; mulheres com deficiência e/ou mobilidade reduzida e a saúde mental.
As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde.
Sua situação de vida está relacionada a uma série de situações, principalmente, de sua condição como ser mulher, mãe, trabalhadora, que sofre discriminações e violências e luta para ser reconhecida.
Tais situações refletem em seu processo de viver, adoecer e morrer.
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada da mulher no Sistema Único de Saúde, portanto a equipe de saúde deve estar preparada para acolher essa mulher, promover ações e criar vínculos.
A APS é responsável por oferecer um atendimento integral e humanizado à saúde da mulher, abrangendo desde a promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos.
Mas… Qual é o papel do(a) ACS no acompanhamento das mulheres do seu território?
Nós somos responsáveis por levar informações e orientações às mulheres sobre os cuidados com a saúde, bem como encaminhá-las para os serviços de saúde, quando necessário.
O(A) profissional de saúde, especialmente o(a) Agente Comunitário(a) de Saúde (ACS), tem um papel crucial nesse contexto.
Quais ações, você, ACS, considera como prioritárias para a integralidade das ações direcionadas à saúde da mulher?
Clique nas palavras em destaque.
É recomendável sempre levar as situações de violência para discussão com a equipe de saúde e nunca tentar resolver sozinho(a). Justamente pelo fato do(a) ACS ser muito próximo(a) da comunidade, é preciso cuidado para não se colocar em risco.
É muito importante atentar-se para as seguintes ações:
Conhecer a rede intersetorial de seu município para garantir o encaminhamento adequado para outros serviços e unidades da rede.
Observar situações de violência para, em casos de violência sexual, orientar a vítima a procurar o atendimento, preferencialmente, nas primeiras 24 horas.
Explicar que o atendimento deve ser realizado em até 72 horas (3 dias) após a ocorrência para prevenir algumas infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e a gravidez resultante do estupro.
Informar à mulher que não é necessário ter um boletim de ocorrência (B.O.) para receber atendimento, mas que é importante que o B.O. seja realizado.
Orientar que a mulher não pode ter seu atendimento de saúde negado se não tiver o B.O., sob hipótese alguma.
Além da violência contra a mulher, outros fatores e situações colocam a saúde da mulher em risco. Por isso, merecem atenção. Vejamos:
Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, principalmente, o diabetes.
As doenças do aparelho respiratório, marcadamente, as pneumonias e causas externas.
As neoplasias, principalmente, o câncer de pulmão, de mama e de colo do útero.
Doenças cardiovasculares, destacando-se o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
A saúde da mulher é uma prioridade no mundo. Uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) é reduzir a mortalidade materna global, resultado de complicações que ocorrem durante ou depois da gestação e do parto.
Outra questão importante é avaliar as condições de saúde da mulher com o olhar voltado para a mortalidade materna.
Você sabia que a maioria das mortes maternas é evitável, ou seja, são mortes que poderiam ser prevenidas por cuidados de saúde adequados ou condições sociais mais favoráveis?
As mortes maternas podem ser evitadas se a mulher tiver acesso a um pré-natal de qualidade; se fizer todas as consultas e os exames preconizados.
Por isso, é importante a identificação precoce das mulheres grávidas no território e seu acompanhamento ao longo do pré-natal!
A equipe de saúde precisa ter um olhar do todo, e o(a) ACS contribui essencialmente para que isso aconteça.
Outra importante tarefa a ser realizada por nós, ACS, é o rastreamento e o acompanhamento da comunidade para diagnóstico precoce do câncer do colo do útero e da mama.
Isso pode ajudar a melhorar a detecção e o tratamento da doença, aumentando as chances de cura e diminuindo os impactos negativos na saúde das mulheres.
E o Planejamento Reprodutivo? Você sabia que ele consiste em refletir sobre o desejo de ter ou não ter filhos; decidir e escolher a forma de programar uma gravidez? Você também pode atuar nesta situação.
O planejamento reprodutivo pode ser feito por homens, mulheres ou pelo casal, independentemente do estado civil ou da constituição de uma família convencional.
Famílias não formadas por casais heterossexuais podem ter filhos por meio de fertilização ou adoção.
Uma das principais atribuições do(a) ACS é o registro, a atualização e o acompanhamento das ações referentes ao planejamento reprodutivo.
Você, ACS, deverá atuar na promoção do planejamento reprodutivo. Clique aqui, acesse o e-book e reflita sobre os métodos anticoncepcionais, a anticoncepção ou contracepção de emergência.
As ações de cuidado e de promoção da saúde das mulheres envolvem também a atuação com mulheres com deficiência e mobilidade reduzida. Você sabe como agir nesse caso?
Clique nas setas.
A mulher com deficiência deve ser acolhida e receber respostas às suas necessidades em saúde quando recorre aos serviços de saúde do SUS, desde as unidades básicas de saúde, até os serviços de reabilitação e os hospitais.
Por isso, você deve realizar novas buscas ativas no seu território a fim de identificar mulheres com deficiência e/ou mobilidade reduzida para fazer uma abordagem pautada na humanização e na integralidade, considerando as especificidades de cada uma. Mãos à obra!
A mulher com deficiência deve ser acolhida e receber respostas às suas necessidades em saúde quando recorre aos serviços de saúde do SUS, desde as unidades básicas de saúde, até os serviços de reabilitação e os hospitais.
Por isso, você deve realizar novas buscas ativas no seu território a fim de identificar mulheres com deficiência e/ou mobilidade reduzida para fazer uma abordagem pautada na humanização e na integralidade, considerando as especificidades de cada uma. Mãos à obra!
Você, ACS, também tem um papel fundamental na identificação da saúde mental dos sujeitos do seu território, bem como na ajuda à família que se encontra em situação de sofrimento mental.
Tião, no território em que atuamos, há vários casos de mulheres desempregadas devido à pandemia da Covid-19 e apresentando sinais e sintomas de depressão e ansiedade.
Fico sabendo de algumas informações por vizinhos que me surpreendem e fico com receio de abordar a mulher sobre a situação. Me sinto insegura e não sei como agir.
Posso ajudá-las!
Vejam como agir nesses casos.
Ações terapêuticas que podem ser desenvolvidas pelo(a) ACS:
Proporcionar à mulher um momento para pensar/refletir.
Exercer boa comunicação.
Exercitar a habilidade da empatia.
Lembrar-se de escutar o que a mulher precisa dizer.
Acolher a mulher e suas queixas emocionais como legítimas.
Oferecer suporte de modo que não torne a mulher dependente e nem gere no(a) ACS uma sobrecarga.
É importante lembrar que a atenção psicossocial pressupõe o cuidado intersetorial e em rede. Saúde mental é muito mais do que saúde, é a garantia de direitos, a participação social, a vida comunitária, o acesso à educação, ao lazer e à cultura.
Bia, existem muitas formas de contribuirmos com a saúde da mulher, não é mesmo?
Existe, sim, Gerusa. Vimos, nesta disciplina, muitas ações que podemos e devemos desenvolver para contribuir com a saúde da mulher.
Muito bom!
Recomendo que vocês assistam à teleaula, estudem o e-book deste tema e leiam os materiais complementares para ampliarem este aprendizado tão importante para nosso dia a dia.
RETROSPECTIVA
Apresentamos, nesta disciplina, importantes ferramentas para auxiliar, você, ACS, no trabalho relacionado à saúde da mulher, tanto de forma direta quanto indiretamente.
Abordamos e refletimos sobre as situações de vida e saúde enfrentadas pelas mulheres no Brasil, bem como as ações específicas do cuidado e da prevenção com foco no seu papel de ACS.
Espera-se que as informações apresentadas possam tornar o seu processo de trabalho mais eficaz e contribuir para uma melhoria da saúde e bem-estar das mulheres em seu território.
Em nosso próximo encontro, daremos início aos estudos da temática Saúde da Criança e do Adolescente. Até breve!
Mas não pare por aqui...
Acesse os materiais didáticos indicados para complementar o conteúdo estudado e realize as atividades propostas.
Passe o mouse sobre o ícone destacado abaixo.
Teleaula
E-book
Leitura complementar e Vídeos
Fórum para interação com a comunidade virtual de aprendizagem
Fique atento(a): para aprovação na disciplina, você deve obter 60% dos pontos distribuídos. Portanto, participe das atividades avaliativas propostas e, em caso de dúvidas, acione seu tutor.
Atividades Avaliativas
Até a próxima disciplina!
Ficha Técnica
Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do CONASEMS em parceria com o Ministério da Saúde – MS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.
GESTÃO EDUCACIONAL
Cristiane Martins Pantaleão
Fabiana Schneider Pires
Rubensmidt Ramos Riani
CURADORIA
Andrea Fachel Leal
Camila Giugliani
Camila Mello dos Santos
Carmen Lúcia Mottin Duro
Diogo Pilger
Erika Rodrigues de Almeida
José Braz Damas Padilha
Kelly Santana
Lanusa Terezinha Gomes Ferreira
Michelle Leite da Silva
Patricia da Silva Campos
COORDENAÇÃO EDUCACIONAL
Cristina Crespo
Valdívia Marçal
CONTEUDISTA(S):
Ariane Cristina Ferreira Bernardes Neves
REVISÃO LINGUÍSTICA
Camila Miranda Evangelista
Gehilde Reis Paula de Moura
Keylla Manfili Fioravante
EQUIPE TÉCNICA
Josefa Maria de Jesus
Kátia Wanessa Alves Silva
Lanusa Terezinha Gomes Ferreira
Marcela Alvarenga de Moraes
Marcia Cristina Marques Pinheiro
Marta Sousa Lima
Rejane Teles Bastos
Rosângela Treichel
Simone Ferreira de Assis
MAKERS EDUCACIONAIS
Aidan Bruno
Alexandra da Silva Gusmão
Alexandre Itabayana
Cristina Perrone
Bárbara Monteiro
Daniel Vilela
Felipe Reis
Juliana de Almeida Fortunato
Lívia Magalhães
Lucas Corrêa Mendonça
Pollyanna Micheline Lucarelli
Priscila Rondas
Ygor Baeta Lourenço
ASSESSORIA EXECUTIVA
Conexões Consultoria em Saúde Ltda.
