Olá, agente de saúde!

Seja bem-vindo(a) à disciplina Compreendendo o processo saúde-doença.

Prepare-se para ampliar o seu olhar à respeito dos determinantes e condicionantes da saúde e do adoecimento, além de aprender a identificar como a vigilância em saúde, a prevenção de doenças e a promoção da saúde estão presentes no seu dia a dia. 

Vamos lá?

Você já parou para pensar...

Mova a seta para visualizar o conteúdo.

Mas antes de iniciar, conheça os objetivos de aprendizagem.

Objetivos de Aprendizagem

Ao concluir seus estudos, espera-se que você seja capaz de:

Clique nos ícones para visualizar o conteúdo.

Entender o processo de saúde e adoecimento no âmbito individual e coletivo.

Identificar os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença no território.

Reconhecer a influência dos aspectos sociais, culturais, econômicos e ambientais no processo saúde-doença.

Aplicar no território os conhecimentos acerca da vigilância em saúde.

Desenvolver ações integradas de Vigilância em Saúde e Atenção Básica em Saúde a partir dos fatores determinantes e condicionantes do território, visando a prevenção de doenças e promoção da saúde.

Compreender a importância do matriciamento entre a Atenção Básica em Saúde e a Atenção Especializada na condução das ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças, fortalecendo a Rede de Atenção à Saúde. 

Entender o processo de saúde e adoecimento no âmbito individual e coletivo.

Identificar os determinantes e condicionantes do processo saúde-doença no território.

Reconhecer a influência dos aspectos sociais, culturais, econômicos e ambientais no processo saúde-doença.

Aplicar no território os conhecimentos acerca da vigilância em saúde.

Desenvolver ações integradas de Vigilância em Saúde e Atenção Básica em Saúde a partir dos fatores determinantes e condicionantes do território, visando a prevenção de doenças e promoção da saúde.

Compreender a importância do matriciamento entre a Atenção Básica em Saúde e a Atenção Especializada na condução das ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças, fortalecendo a Rede de Atenção à Saúde. 

Vamos iniciar compreendendo a concepção do processo saúde-doença!

Ele engloba uma série de fatores, conexões e interações que produzem e condicionam o estado de saúde e de adoecimento de um indivíduo ou comunidade.

Considera-se a saúde e a doença dependentes da conjuntura biológica, dos comportamentos adotados, das características socioeconômico-demográficas, das condições socioeconômicas vividas, dos bens e serviços de saúde aos quais se tem acesso e dos aspectos político-econômicos de cada população.

Portanto, a saúde e a doença estão intimamente relacionadas no cotidiano de vida e de trabalho das pessoas, e podem ser consideradas como o resultado dos seguintes fatores:

Clique nos ícones para visualizar o conteúdo.

Biológicos

Econômicos

Sociais

Políticos

Idade, sexo, características pessoais e herança genética.

Pobreza, condição de vida, condição de emprego e desigualdade de renda.

Raça/cor, educação, lazer, cultura e religião.

Serviços sociais, infraestrutura e participação das pessoas nas decisões sociopolíticas.

Biológicos

Idade, sexo, características pessoais e herança genética.

Econômicos

Pobreza, condição de vida, condição de emprego e desigualdade de renda.

Sociais

Raça/cor, educação, lazer, cultura e religião.

Políticos

Serviços sociais, infraestrutura e participação das pessoas nas decisões sociopolíticas.

Clique no notebook.

Então quer dizer que compreender o processo saúde-doença é importante para a implementação de medidas específicas de prevenção de doenças e de resolução de problemas de saúde?

Sim, Bia!

E para isto, existem diversas formas de compreender a saúde e as causas das doenças. Essas explicações podem ser denominadas como “modelos explicativos do processo saúde doença”.

BIA:

Então quer dizer que compreender o processo saúde-doença é importante para a implementação de medidas específicas de prevenção de doenças e de resolução de problemas de saúde?

JÚLIO:

Sim, Bia!

E para isto, existem diversas formas de compreender a saúde e as causas das doenças. Essas explicações podem ser denominadas como “modelos explicativos do processo saúde doença”. 

Modelo
Mágico-religioso

O modelo mágico-religioso é uma visão de mundo que atribui a saúde e a doença a forças sobrenaturais, buscando a cura através de práticas religiosas e rituais. Embora tenha sido predominante em diversas culturas ao longo da história, ele coexiste com outros modelos mais modernos e baseados em evidências científicas.

Modelo biomédico

Neste modelo, o processo saúde-doença está baseado fortemente na doença e nos fatores biológicos. As doenças são causadas pela ação de agentes patogênicos (organismos que podem produzir doença), como vírus e bactérias. Este modelo está na base de um conceito bastante conhecido de saúde: a saúde como ausência de doenças.

Modelo da história natural das doenças

Este modelo considera que existem vários fatores na causa de uma doença, que compreendem a descrição da evolução, do processo de adoecimento dos indivíduos e da população, até sua cura ou morte. O fenômeno do adoecimento é explicado pela interação entre três elementos:

  • Agente ou fatores etiológicos;
  • Hospedeiro;
  • Meio ambiente.

Clique na imagem para ampliá-la.

Fonte:

Organização Pan-Americana da Saúde Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 2: Saúde e doença na população/Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde, 2010. 48 p.:il. 7 volumes. ISBN 978-85-7967-020-6.

Modelo da determinação social da doença

Neste modelo,  é fundamental investigar as condições de vida e de saúde de um grupo, considerar a classe social, as formas e as condições de trabalho, o modo como as pessoas vivem e também como se distribui a riqueza e o poder naquele grupo. Considera a relação entre fatores naturais e biológicos, mas sempre na relação entre o individual e a organização social.

Como vimos, existem diferentes explicações para a doença e a saúde. Sendo assim, podemos concluir que a saúde e a doença dos indivíduos apresentam várias causas e dependem de diversos elementos que podemos chamar de determinantes e condicionantes do processo saúde-doença.

Agora, vamos refletir sobre como os conceitos são percebidos na prática. Acompanhe o exemplo:

Na Comunidade de Laranjeiras são relatados muitos casos de pessoas com Dengue. No tratamento, o médico da Unidade de Saúde da Família (USF) tem prescrito os remédios indicados para os sintomas (febre e dores no corpo), e a equipe de saúde tem orientado, nos casos diagnosticados, que a pessoa faça hidratação e repouso. 

Na perspectiva do modelo da determinação social da doença, observa-se que, para compreender o processo saúde-doença dessa situação, faz-se necessário ampliar o olhar para os determinantes sociais de saúde envolvidos nessa relação. É preciso identificar as influências do estilo de vida do indivíduo/comunidade, meio ambiente e contexto social, compreendendo uma rede causal multifatorial, uma vez que o desenvolvimento da referida doença não envolve somente riscos biológicos.

Conforme exemplo apresentado, podemos observar que o que faz uma pessoa adoecer não é apenas a contaminação por um agente patológico (vírus ou bactéria), sendo assim, o modelo biomédico não é completamente capaz de explicar a causa da doença.

Clique nas setas para navegar.

Na sua prática de trabalho, você identifica se as características do modelo de determinação social da doença influenciam as ações desenvolvidas pela equipe de saúde, junto aos sujeitos, às famílias e à comunidade?

Consulte o e-book para se inteirar de informações sobre o “Programa Nacional para Eliminação de Doenças Determinadas Socialmente”.

Nele, você irá conhecer as estratégias para acabar com as doenças e as infecções determinadas socialmente. Você também pode clicar aqui para ter acesso ao e-book.

Como vimos, o processo de saúde-doença resulta da interação de vários fatores determinantes e condicionantes, que podem favorecer tanto a manutenção da saúde quanto o desenvolvimento de doenças.

Isto mesmo Bia!

Reconhecê-los auxilia no desenvolvimento de ações para prevenção de doenças, bem como a promoção da saúde.

O modelo dos Determinantes Sociais da Saúde (DSS) também leva em consideração, para explicar e analisar o processo saúde-doença, os fatores biológicos, individuais, comportamentais, sociais, econômicos, culturais e ambientais.

Veja ao lado o modelo de Determinantes Sociais da Saúde de Dahlgren e Whitehead (Gunning-Schepers, 1999).

Nele, é levado em conta desde a idade, o sexo, fatores hereditários, até fatores étnicos-raciais, estilos de vida (dieta, hábito de fumar, prática de atividade física), renda, saneamento, habitação, ambiente de trabalho, acesso a serviços de saúde e de educação, padrões culturais, entre outros.

Veja abaixo o modelo de Determinantes Sociais da Saúde de Dahlgren e Whitehead (Gunning-Schepers, 1999).

Nele, é levado em conta desde a idade, o sexo, fatores hereditários, até fatores étnicos-raciais, estilos de vida (dieta, hábito de fumar, prática de atividade física), renda, saneamento, habitação, ambiente de trabalho, acesso a serviços de saúde e de educação, padrões culturais, entre outros.

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Fonte: Modelo Determinantes Sociais da Saúde de Dahlgren e Whitehead. Determinantes Sociais da Saúde – Fiocruz. Disponível em: https://dssbr.ensp.fiocruz.br/wp-content/uploads/2011/08/Figura2-Jpeg.jpg.

Para compreender melhor essas questões, consulte o e-book desta disciplina. Nele, você encontrará mais informações sobre o modelo de Determinantes Sociais da Saúde de Dahlgren e Whitehead. Você também pode clicar aqui para ter acesso ao e-book.

Vamos para outro exemplo!
Observe como o modelo da Determinação Social da Saúde ajuda a identificar uma rede complexa de fatores:

Clique nas setas para navegar.

Ana tem 35 anos, é analfabeta e está desempregada. Ela cria sozinha sua filha, Sara, de seis anos, após seu marido ser assassinado enquanto assaltava o mercado do bairro. 

O bairro de Ana não possui rede de esgoto, nem água tratada. Além disso, não há coleta de lixo e as ruas não são pavimentadas. 

Para buscar uma renda para a casa, Ana recolhe material para reciclagem e deposita no quintal de casa, o que gera o aparecimento de muitos mosquitos e ratos.

Ana costuma ir a uma feira, que acontece uma vez por semana, em um bairro vizinho de onde mora. Lá ela pega frutas e verduras que os vendedores descartam no lixo, quando não são consideradas apropriadas para a venda.

Em um desses dias, Ana percebeu que as frutas e verduras não estavam muito boas, mas resolveu levar para casa, pois não tinha nada para preparar para o almoço. 

Chegando em casa, Ana cozinhou as verduras e serviu para sua filha. Após o almoço, Sara sentiu-se mal, com vômitos e diarreia. 

Ana levou Sara à Unidade Básica de Saúde do bairro para avaliação. O médico observou que Sara estava desnutrida e com parasitoses.

Nessa história, percebemos que diversos fatores podem contribuir para o processo de adoecimento de uma pessoa. 

Exatamente Gerusa! E não são apenas estes fatores que podem estar associados à desnutrição e às parasitoses da menina Sara. A forma como eles se relacionam  pode nos ajudar a pensar sobre este processo de saúde-doença.

Isso mesmo Tião! Vamos acompanhar como estes fatores se relacionam a seguir.

Clique nos destaques para visualizar o conteúdo.

Representam os fatores
relacionados ao contexto histórico,
político e econômico.

Representam os fatores em
termos biológicos e individuais.

Representam os fatores
relacionados à condição e estrutura
social dos indivíduos.

O desenvolvimento de ações que modifiquem os determinantes e os condicionantes da saúde pode melhorar as condições de vida e saúde dos indivíduos e da população.

Fatores Distais

Representam os fatores relacionados ao contexto histórico, político e econômico.

Fatores Proximais

Representam os fatores em termos biológicos e individuais.

Fatores Intermediários

Representam os fatores relacionados à condição e estrutura social dos indivíduos.

BIA:

Júlio, você já ouviu falar do projeto “Uma só Saúde”

JÚLIO:

Ainda não Bia!

Poderia me falar sobre ele?

BIA:

Claro!

“Uma Só Saúde” refere-se a uma abordagem integrada que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental.

JÚLIO:

Nossa que legal!

Então a nossa atuação integrada também favorece ações para o desenvolvimento de “Uma só Saúde”?

BIA:

Isto mesmo Júlio!

As ações desenvolvidas por nós, agentes de saúde, podem proporcionar promoção da saúde para pessoas, animais e para o meio ambiente.

JÚLIO:

Então por meio da promoção da saúde, podemos implementar estratégias que atendam às necessidades sociais em saúde em todos os níveis.

BIA:

Sim!

Agora que você já sabe o que é o projeto “Uma só Saúde”, vamos convidar a Gerusa para discutirmos sobre a temática da promoção da saúde.

JÚLIO:

Ótimo.

Vamos lá!

Clique nos números para navegar.

Júlio, você já ouviu falar do projeto “Uma só Saúde”

Ainda não Bia!

Poderia me falar sobre ele?

Claro!

“Uma Só Saúde” refere-se a uma abordagem integrada que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental.

Nossa que legal!

Então a nossa atuação integrada também favorece ações para o desenvolvimento de “Uma só Saúde”?

Isto mesmo Júlio!

As ações desenvolvidas por nós, agentes de saúde, podem proporcionar promoção da saúde para pessoas, animais e para o meio ambiente.

Então por meio da promoção da saúde, podemos implementar estratégias que atendam às necessidades sociais em saúde em todos os níveis.

Sim!

Agora que você já sabe o que é o projeto “Uma só Saúde”, vamos convidar a Gerusa para discutirmos sobre a temática da promoção da saúde.

Ótimo. Vamos lá!

Vocês lembram dos determinantes e condicionantes do processo saúde-doença?

A promoção da saúde consiste em garantir boas condições de vida, fundamentadas nesses mesmos fatores.

Sim Bia! E na nossa Constituição Federal, consta que a saúde é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado! Além disso, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) reforçou o compromisso do Estado com a ampliação e a qualificação de ações de promoção da saúde no SUS. 

Exatamente. Para promover saúde, é necessário a consolidação de práticas voltadas para a comunidade, em uma perspectiva de trabalho em equipe multidisciplinar, integrado e em redes, de forma que considere as necessidades em saúde da população, em uma ação articulada entre os diversos atores do território.

Então, de acordo com o que vocês falaram, as ações de promoção de saúde devem ser planejadas e implementadas considerando os problemas e as necessidades de saúde e seus determinantes e condicionantes, de modo que operem sobre a saúde e o adoecimento.

Sim Bia! E na nossa Constituição Federal, consta que a saúde é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado! Além disso, a Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) reforçou o compromisso do Estado com a ampliação e a qualificação de ações de promoção da saúde no SUS. 

Então, de acordo com o que vocês falaram, as ações de promoção de saúde devem ser planejadas e implementadas considerando os problemas e as necessidades de saúde e seus determinantes e condicionantes, de modo que operem sobre a saúde e o adoecimento.

Vocês lembram dos determinantes e condicionantes do processo saúde-doença?

A promoção da saúde consiste em garantir boas condições de vida, fundamentadas nesses mesmos fatores.

Exatamente. Para promover saúde, é necessário a consolidação de práticas voltadas para a comunidade, em uma perspectiva de trabalho em equipe multidisciplinar, integrado e em redes, de forma que considere as necessidades em saúde da população, em uma ação articulada entre os diversos atores do território.

Clique na palavra em destaque para visualizar o conteúdo.

A PROMOÇÃO DE SAÚDE DEVE INTEGRAR A COMUNIDADE, A UNIDADE DE SAÚDE, A intersetorialidade E OS PONTOS DE ATENÇÃO À SAÚDE, POR MEIO DE AÇÕES CONTEXTUALIZADAS DE ACORDO COM AS NECESSIDADES DO TERRITÓRIO.

Para a integração dos setores é de fundamental importância o matriciamento das equipes de saúde da Atenção Básica com os profissionais da Atenção Especializada.

Clique no card para visualizar o conteúdo.

Você sabe o que é matriciamento?

Matriciamento é o modo de qualificar e amparar os profissionais da Atenção Básica à Saúde, aumentando a corresponsabilização entre equipes e a sua participação, como Agente de Saúde, na realização de ações de promoção da saúde.

Vamos pensar?

Veja a charge abaixo e reflita!

Fonte: Arionauro da Silva Santos, junho de 2016. Fonte: Arionauro Cartuns. Disponível em: http://www.arionaurocartuns.com.br/
2016/06/ 

Clique na imagem para ampliá-la.

Como pode haver promoção de saúde se as condições básicas de vida estão ausentes?

Como a comunidade e a equipe de saúde podem se mobilizar em prol de melhores condições de vida?

Qual a importância da intersetorialidade nesse processo?

Para responder essas e outras questões, acesse o e-book desta disciplina. Você também pode clicar aqui para ter acesso ao e-book.

Estamos conversando sobre os condicionantes e determinantes sociais no processo saúde-doença.

Olá, Bia e Júlio! Sobre o que estão conversando?

Sabia que eles são fundamentais para a prevenção de doenças, agravamento e fatores de risco?

Vamos acompanhar como a prevenção de doenças ocorre no dia a dia.

CAMILA:

Olá, Bia e Júlio! Sobre o que estão conversando?

JÚLIO:

Estamos conversando sobre os condicionantes e determinantes sociais no processo saúde-doença.

BIA:

Sabia que eles são fundamentais para a prevenção de doenças, agravamento e fatores de risco?

Vamos acompanhar como a prevenção de doenças ocorre no dia a dia.

TIÃO:

A vacinação é um bom exemplo de prevenção primária, pois protege as pessoas contra doenças, antes que elas entrem em contato com o agente causador.

BIA:

Sim Tião! Além disso, ao orientarmos os usuários quanto à prática de atividade física, estamos fazendo duas coisas: promoção da saúde e também a prevenção primária. 

JÚLIO:

Mas vocês sabiam que existem outros níveis de prevenção? Quando os problemas de saúde são detectados no estágio inicial, em que muitas vezes nem o indivíduo observou os sinais e sintomas, trata-se de uma prevenção secundária, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento e reduz a disseminação e os efeitos da doença a longo prazo. 

JÚLIO:

Dessa forma, nas Unidades de Saúde da Família sempre temos ações de rastreamento de Câncer de mama, de útero e de próstata.

CAMILA:

Ótima contribuição Júlio! Já na prevenção terciária as ações são voltadas para reduzir os prejuízos consequentes de uma doença. Podemos citar os grupos que temos nas USF destinados ao cuidado de usuários com Diabetes e Hipertensão, pois auxiliam na prevenção das complicações dessas doenças. 

GERUSA:

Outro nível de prevenção é a quaternária, que consiste em evitar o excesso de intervenções para diagnóstico e tratamento dos usuários, como a prescrição de muitos medicamentos inapropriadamente. Isso também faz parte da ética do cuidado!

Sim Tião! Além disso, ao orientarmos os usuários quanto à prática de atividade física, estamos fazendo duas coisas: promoção da saúde e também a prevenção primária. 

Ótima contribuição Júlio! Já na prevenção terciária as ações são voltadas para reduzir os prejuízos consequentes de uma doença. Podemos citar os grupos que temos nas USF destinados ao cuidado de usuários com Diabetes e Hipertensão, pois auxiliam na prevenção das complicações dessas doenças.

Outro nível de prevenção é a quaternária, que consiste em evitar o excesso de intervenções para diagnóstico e tratamento dos usuários, como a prescrição de muitos medicamentos inapropriadamente. Isso também faz parte da ética do cuidado!

A vacinação é um bom exemplo de prevenção primária, pois protege as pessoas contra doenças, antes que elas entrem em contato com o agente causador.

Mas vocês sabiam que existem outros níveis de prevenção? Quando os problemas de saúde são detectados no estágio inicial, em que muitas vezes nem o indivíduo observou os sinais e sintomas, trata-se de uma prevenção secundária, pois o diagnóstico precoce facilita o tratamento e reduz a disseminação e os efeitos da doença a longo prazo.

Dessa forma, nas Unidades de Saúde da Família sempre temos ações de rastreamento de Câncer de mama, de útero e de próstata.

Agora é com você!

Que tal verificar os conhecimentos adquiridos até aqui?

Selecione a opção correta.

A prática de atividades físicas pode ser considerada como:

Prevenção primária.

Prevenção secundária.

A vacinação é um bom exemplo de:

Prevenção primária.

Prevenção terciária.

Ações voltadas para diminuir os prejuízos consequentes de uma doença são consideradas como:

Prevenção terciária.

Prevenção quaternária.

Evitar o excesso de prescrições de medicamentos inapropriadamente é considerada:

Prevenção quaternária.

Prevenção secundária.

Vamos pensar?

Veja a charge abaixo e reflita!

Fonte: Folha de Ribeirão Pires. Disponível em: http://folharibeiraopires.com.br/
detalhes_charge.php?q=28618 

Clique na imagem para ampliá-la.

De acordo com a situação apresentada na charge, o que os personagens deveriam fazer para se prevenir da Dengue? 

E em qual nível de prevenção você considera que estão essas medidas?

Clique aqui para acessar o e-book da disciplina e obter respostas a essas e outras questões sobre prevenção de doenças.

Para a promoção da saúde e a prevenção de doenças, é preciso estarmos atentos às ações de Vigilância em Saúde!

A Vigilância em Saúde está relacionada à análise da situação da saúde e ao ato de estar vigilante, ou seja, estar atento(a) para contribuir com a promoção de saúde dos cidadãos e a prevenção de doenças.

Assim, é importante que as ações de vigilância em saúde sejam planejadas a partir do processo contínuo de levantamento e análise de dados em saúde.

A Vigilância em Saúde é ampla e engloba a Vigilância Ambiental, a Vigilância Epidemiológica, a Vigilância Sanitária, e a Vigilância em Saúde do Trabalhador.

Acerte os pares abaixo e descubra todos os detalhes de cada uma delas.

Clique sobre os quadros.

    Cícero de 39 anos estava sentindo dores de cabeça e náuseas com certa frequência, mas acreditava que era natural essa sensação, pois os dias estavam mais quentes. Cícero avaliou que se tratava de sintomas leves, e decidiu não procurar pela Unidade de Saúde.

    Certo dia, ao chegar em casa encontrou a Agente Comunitária de Saúde Ana e a Enfermeira Dora, que foram fazer uma visita domiciliar de puerpério à sua esposa. Cícero entrou em casa com seu material de trabalho, e estava com uma embalagem na mão. Ao cumprimentar Ana e Dora, a ACS percebeu que na embalagem continha um produto químico, era um agrotóxico, pois ele trabalhava como agricultor. 

    Ana perguntou a Cícero informações a respeito do seu trabalho, e identificou que ele não havia recebido treinamento que orientasse sobre a utilização de equipamentos de proteção para o manejo de agrotóxicos.

    Após Cícero relatar os episódios frequentes de dores de cabeça e náuseas, Dora sugeriu que ele agendasse uma consulta para ser acompanhado na UBS, pois esses sintomas poderiam estar associados à intoxicação por produto químico. 

    Nessa situação, percebemos que fatores relacionados ao trabalho desempenhado pelo indivíduo, como por exemplo o manejo de agrotóxicos, podem contribuir para o seu processo de adoecimento e o de sua família. 

    Veja como a Vigilância em Saúde ajudou Cícero, um agricultor que manuseava produtos químicos em sua rotina de trabalho.

    Clique nas setas para navegar.

    Pensando nessa e em outras situações, quais ações de Vigilância em Saúde você identifica no seu dia a dia?

    Lembre-se de que sua atuação como Agente de Saúde pode contribuir muito para a promoção da saúde de diversas famílias. Portanto, ao identificar situações que podem estar afetando a saúde do trabalhador, atue ativamente com orientações e acompanhamento do caso.

    Consulte nos materiais complementares desta disciplina o artigo “Vigilância em saúde de populações expostas a agrotóxicos: agroecologia e participação social”, e descubra um pouco mais sobre a saúde do trabalhador rural e o manejo de agrotóxicos. Você também pode clicar aqui para ter acesso ao artigo.

    RETROSPECTIVA

    Nesta disciplina, você pôde refletir sobre o processo saúde-doença, os seus determinantes e condicionantes e a importância da vigilância em saúde no contexto da sua atuação profissional. 

    Compreender este processo facilita para que você observe, na sua vivência, a amplitude da “Saúde”, e entenda o quanto ela depende de diversos setores da sociedade. 

    Esperamos que o conteúdo apresentado tenha despertado em você um novo olhar sobre a prática, capaz de te ajudar a propor ações de promoção da saúde e prevenção de doenças no território onde atua.

    Até a próxima disciplina, que abordará o tema “Noções de Microbiologia e Parasitologia”.

    MAS NÃO PARE POR AQUI...

    Acesse os materiais indicados para complementar o conteúdo estudado nesta disciplina.

    Clique no ícone “Atividades Avaliativas”.

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    Fique atento(a):
    Para aprovação na disciplina, você deverá obter
    60% dos pontos distribuídos. Portanto, participe
    das atividades avaliativas propostas e, em caso
    de dúvidas, acione seu tutor.

    Teleaula

    E-book 

    Leitura complementar e Vídeos

    Fórum para interação com a comunidade virtual de aprendizagem

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    Bons estudos e até a próxima disciplina!

    FICHA TÉCNICA

    Este material foi elaborado e desenvolvido pela equipe técnica e pedagógica do Mais CONASEMS em parceria com o Ministério da Saúde – MS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS.

    GESTÃO EDUCACIONAL
    Cristiane Martins Pantaleão
    Érika Rodrigues de Almeida
    Fabiana Schneider Pires

    COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
    Kelly Cristina Santana
    Valdívia França Marçal

    ELABORAÇÃO DE CONTEÚDO – 1ª EDIÇÃO
    Carolina Franco de Azevedo

    REVISÃO DE CONTEÚDO – 2ª EDIÇÃO
    Carmen Lucia Mottin Duro
    Fabiana Schneider Pires

    DESIGNER EDUCACIONAL
    Alexandra da Silva Gusmão
    Gustavo Henrique Faria Barra
    Jacqueline Cristina dos Santos

    REVISÃO LINGUÍSTICA
    Camila Miranda Evangelista

    COORDENAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO GRÁFICO
    Cristina Perrone

    DIAGRAMAÇÃO E PROJETO GRÁFICO
    Aidan Bruno
    Alexandre Itabayana
    Caroline Boaventura
    Icaro Duarte
    Lorenna Martinelly Alves Vieira
    Lucas Mendonça
    Ygor Baeta Lourenço
    Wellington Tadeu Aparecido Silva

    ASSESSORIA EXECUTIVA
    Conexões Consultoria em Saúde Ltda

    FOTOGRAFIAS E ILUSTRAÇÕES
    Biblioteca do Banco de Imagens do Conasems

    IMAGENS
    Flaticon
    Freepik

    Como navegar

    O modelo mágico-religioso é uma visão de mundo que atribui a saúde e a doença a forças sobrenaturais, buscando a cura através de práticas religiosas e rituais. Embora tenha sido predominante em diversas culturas ao longo da história, ele coexiste com outros modelos mais modernos e baseados em evidências científicas.

    Neste modelo, o processo saúde-doença está baseado fortemente na doença e nos fatores biológicos. As doenças são causadas pela ação de agentes patogênicos (organismos que podem produzir doença), como vírus e bactérias. Este modelo está na base de um conceito bastante conhecido de saúde: a saúde como ausência de doenças.

    Este modelo considera que existem vários fatores na causa de uma doença, que compreendem a descrição da evolução, do processo de adoecimento dos indivíduos e da população, até sua cura ou morte. O fenômeno do adoecimento é explicado pela interação entre três elementos:

    • Agente ou fatores etiológicos;
    • Hospedeiro;
    • Meio ambiente.

    Clique na imagem para ampliá-la.

    Fonte:

    Organização Pan-Americana da Saúde Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 2: Saúde e doença na população/Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde, 2010. 48 p.:il. 7 volumes. ISBN 978-85-7967-020-6.

    Neste modelo, é fundamental investigar as condições de vida e de saúde de um grupo, considerar a classe social, as formas e as condições de trabalho, o modo como as pessoas vivem e também como se distribui a riqueza e o poder naquele grupo. Considera a relação entre fatores naturais e biológicos, mas sempre na relação entre o individual e a organização social.

    Tente mais uma vez!

    Parabéns!
    Esta afirmativa está correta.

    A Vigilância em Saúde do Trabalhador está relacionada à atenção aos usuários e aos efeitos do seu trabalho no processo saúde doença. Isso perpassa tanto pelas ações de promoção, proteção, recuperação e reabilitação à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras, submetidos(as) aos riscos e agravos provenientes das condições de trabalho.

    Tião (ACS)

    Veja um exemplo:

    A microárea em que sou referência é litorânea, e muitos moradores trabalham como marisqueiras, e como pescadores, ou seja, estão mais expostos à radiação solar e sofrem com dor de coluna, por exemplo, devido à postura durante a mariscagem e pesca. Conhecer o perfil de trabalho dos usuários dos serviços de saúde possibilitou promover ações coletivas destinadas à prevenção de câncer de pele e de distúrbios osteomusculares junto à comunidade. Toda a equipe de Saúde da Família participou dessas atividades, e pôde exercer a Vigilância em Saúde do Trabalhador. 

    A Vigilância Sanitária consiste nas ações de fiscalização de produtos e serviços que estão direta ou indiretamente relacionados à saúde. Essas ações podem acontecer em restaurantes, feiras de alimentos, mercados, bares, farmácias, academias, escolas, dentre outros locais, para garantir que os produtos e os serviços não ofereçam risco à saúde da população.

    Camila (ACE)

    Veja um exemplo:

    Você sabia que o Sistema Único de Saúde (SUS) está presente não só nos serviços de saúde? Cuidar para que os alimentos, como carnes, frutas e verduras comercializadas nas feiras e mercados, estejam em boas condições para o consumidor é um dos papéis do SUS, através da Vigilância Sanitária.

    A Vigilância Epidemiológica envolve reconhecer as principais doenças e agravos em um determinado território, a fim de investigar epidemias e agir na prevenção e no controle dessas doenças ou situações.

    Bia (ACS)

    Veja um exemplo:

    Ao identificarmos as doenças e os agravos mais presentes em cada microárea, estamos desempenhando a Vigilância Epidemiológica. É dessa forma que podemos planejar ações para controlá-los. Algumas dessas doenças e agravos devem ser obrigatoriamente notificados, como a Tuberculose, a Hanseníase, a Dengue e os casos de violência.

    A Vigilância Ambiental se atenta às interações e interferências do ambiente na saúde dos indivíduos, a fim de identificar ações de prevenção e controle de riscos ambientais relacionados ao processo saúde-doença.

    Julio (ACE)

    Veja um exemplo:

    Quando estou no território realizando ações de controle de roedores para evitar a Leptospirose e a eliminação de criadouros do Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya, eu estou praticando a Vigilância Ambiental. A falta de limpeza do ambiente leva ao surgimento de criadouros e, com água acumulada, tem-se a proliferação do inseto. Com mais mosquitos aumenta-se a transmissão das doenças, afetando a saúde dos indivíduos. A coleta de lixo e o controle de qualidade da água que consumimos também são exemplos de Vigilância Ambiental e de intersetorialidade.

    Serão objeto do nosso estudo as seguintes doenças: 

    • COVID 
    • INFLUENZA
    • SARAMPO
    • TUBERCULOSE
    • AIDS/HIV
    • SÍFILIS NA GESTAÇÃO CONGÊNITA
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    Preparado (a)? Acompanhe a seguir!

    CaracterísticasEducação ContinuadaEducação Permanente
    Público-alvouniprofissionalmultiprofissional
    Inserção no mercado de trabalhoprática autônomaprática institucionalizada
    Enfoquetemas de especialidadesproblemas de saúde
    Objetivo principalatualização técnico-científicatransformação das práticas técnicas e sociais
    Periodicidadeesporádicacontínua
    Metodologiapedagogia da transmissão (geralmente, por meio de aulas, conferências, palestras), em locais diferentes dos ambientes de trabalhopedagogia centrada na resolução de problemas (geralmente através da supervisão dialogada, oficinas de trabalho), efetuada nos mesmos ambientes de trabalho
    Resultadosapropriação passiva do saber científico; aperfeiçoamento das práticas individuaismudança organizacional; apropriação ativa do saber científico; fortalecimento das ações em equipe

    Não deixe de consultar o e-book. Nele retomaremos esse assunto.

    Você já sabe, mas não custa lembrar que..